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Interdição da ponte sobre o Rio Caeté é adiada em Sena Madureira, interior do Acre


Estrutura seria interditada neste sábado (18), mas a expectativa é de que bloqueio agora ocorra até a próxima sexta (24). Equipes do Dnit seguem no local monitorando área. Ponte sobre Rio Caeté foi condenada e com interdição travessia vai ser feita com balsa
A interdição da ponte sobre o Rio Caeté, que fica no km 10 da BR-364, em Sena Madureira, interior do Acre, programada para este sábado (18) foi adiada. A expectativa agora é que o acesso seja fechado até a próxima sexta-feira (24). A informação foi confirmada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) nesta sexta (17).
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A ponte foi condenada pelo Dnit após inspeções técnicas identificarem trincas e deslocamentos dos blocos de sustentação, causados pelo talude da margem do manancial. O departamento disse que a queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga os estados do Tocantins e do Maranhão, foi um alerta para o departamento no Acre.
Com a interdição, a travessia no Rio Caeté passou a ser feita gratuitamente por balsas com capacidade de transportar todos os tipos de veículos. O acesso é importante porque liga os municípios de Sena Madureira e Manoel Urbano, indo até Feijó, Tarauacá, Cruzeiro do Sul e demais cidades do Vale do Juruá.
Além da balsa, um pontilhão deve ser colocado nos dois lados do rio e está sendo estudada a possibilidade do exército ceder uma ponte metálica para carros pequenos.
Ponte sobre o Rio Caeté segue em monitoramento em Sena Madureira
Sérgio Vale/asscom Fieac
Na manhã da última quinta (16), uma comitiva composta pela vice-governadora, Mailza Assis; o prefeito de Sena Madureira, Gerlen Diniz; o deputado estadual, Edvaldo Magalhães; representantes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), do Dnit, lideranças empresariais e do presidente da Federação das Indústrias do Acre (Fieac) e deputado federal, José Adriano, esteve na ponte.
“Não vamos conseguir fechar, tem alguns problemas para fechar. Estamos monitorando ela todos os dias, o rio baixou muito e dificultou a travessia aqui. Estamos resolvendo. Provavelmente vamos fechar semana que vem”, disse superintendente do Dnit no Acre, Ricardo Araújo.
Autoridades estiveram no local para acompanhar a situação da ponte
Sérgio Vale/asscom Fieac
Monitoramento
A Portaria nº 136, de 8 de janeiro, destaca a nova movimentação no talude da margem do Rio Caeté, provocando pressão nos apoios da ponte. “Considerando o histórico e a situação atual, a ponte sobre o Rio Caeté pode comprometer a segurança no trânsito dos usuários que trafegam por esse trecho”, diz a publicação.
O superintendente falou ainda que o órgão está monitorando a ponte com mais intensidade desde 2022, quando foi decretada a primeira situação de emergência no local. A partir de 2023, o Dnit começou a chamar os técnicos para fazer um levantamento minucioso do que estava acontecendo nessa região.
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“Há dois platôs ali embaixo, um do lado de Sena Madureira e o outro do outro lado da ponte do Caeté, são dois movimentos de terra. Lá embaixo tem uma fenda. Essa fenda e esse pilar não afundou, ele se desloca na horizontal, andou 2,5 metros na direção do outro extremo da outra margem, e foi aumentando a largura”, esclareceu o superintendente.
Em setembro a novembro de 2024, a ponte andou 5 centímetros. Por esse motivo, não é possível que o reparo seja feito de forma paliativa.
“A gente não quer que aconteça nenhum acidente, então nós não podemos mais ficar com essa ponte desse jeito. O caminho que foi apontado pelos estudos vai ser a construção de uma ponte nova. Essa ponte será desmanchada e toda a parte da superestrutura metálica vai ser colocada provavelmente em outro lugar, pode ir para outro estado”, disse ele.
Ponte sobre o Rio Caeté, no interior do Acre, teve uma movimentação de 2,5 metros
Jardel Angelim/Rede Amazônica
O período mínimo para a construção da nova ponte deve ser de 18 meses, conforme esclareceu o superintendente.
“Como tem uma emergência, ela pode ser licitada em junho, e aí vai ter uma construção de um ano, mais ou menos. Então, tem um período mínimo, mas a gente tem que ter a segurança e a nossa maior responsabilidade é com a vida humana que está passando ali em cima”, falou.
Com relação à balsa, o Dnit afirmou que ela não terá custos para quem precisa circular pelo local.
“Não vai ser cobrado nada, ela já é paga pelo Dnit. Nós estamos fazendo outro acesso abaixo, com menos pedra, porque como nós fechamos muito, a balsa encalhava. Então nós estamos fazendo outro acesso, mais à direita, porque a balsa precisa se deslocar”, assegurou.
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