Sentir dor intensa na região pélvica não é normal. Pode ser endometriose! Saiba mais desta condição que também afeta adolescentes. A endometriose, condição caracterizada pelo crescimento do endométrio para fora do útero, é uma doença que afeta milhões de mulheres em idade fértil no mundo. Segundo dados da Associação Americana de Endometriose, 66% das mulheres adultas com endometriose começaram a apresentar os sintomas antes dos 20 anos, mas receberam o diagnóstico correto após 12 anos ou mais.
Como pode-se perceber, na maioria dos casos a endometriose tem início na adolescência, mas é considerada de difícil diagnóstico, pois os sintomas são semelhantes aos de outras condições, como o próprio desconforto do período menstrual, que é mais intenso nesta fase. No entanto, os sintomas podem ser mais graves do que o normal, incluindo fortes dores pélvicas, dor ao urinar ou defecar, sangramento entre os períodos menstruais e fadiga demasiada.
O Dr. Robson Parzianello, médico ginecologista especialista e com grande experiência em endometriose, chama a atenção para casos comuns do dia a dia que podem indicar endometriose na adolescência: “É preciso atenção quando a adolescente queixa-se de muita dor, inclusive deixando de frequentar as aulas no período menstrual, ou mesmo precisando ser medicada em pronto-socorro. Também é um sinal de alerta quando as jovens fazem uso do anticoncepcional com o propósito de diminuir a dor e equilibrar o fluxo menstrual. Além disso, se há histórico familiar, ciclos menstruais muito curtos, ou se ela teve sua menarca muito cedo, vale a pena ter uma atenção mais cuidadosa ao caso, buscando um especialista”.
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É importante saber que a endometriose é uma condição tratável. O tratamento pode incluir medicamentos para controlar a dor, terapia hormonal para reduzir o crescimento do tecido endometrial e cirurgia para remover o tecido anormal, além de mudanças de hábitos de vida. O tratamento precoce pode ajudar a prevenir a progressão da endometriose e reduzir o risco de complicações, como infertilidade, além de contribuir com a qualidade de vida da jovem.
Dr. Robson Parzianello
CRM: 12963-PR