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Celular usado em plano para matar Moraes era do Exército, diz defesa de kid preto

Rodrigo Bezerra de Azevedo é tenente-coronel e foi apontado como kid pretoArquivo pessoal

A defesa de Rodrigo Bezerra de Azevedo, um dos kid preto preso por suspeita de plano para assassinar o ministro do STF Alexandre de Moraes, disse que o celular usado pelo tenente-coronel para executar o plano era, na verdade, aparelho funcional do Comando de Operações Especiais do Exército Brasileiro.

Soltura de Azevedo, kid preto

A defesa apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) durante esta terça-feira (14) uma petição para solicitar a soltura de Rodrigo, preso desde novembro de 2024 por suposta participação em plano para assassinar o ministro do STF e dar um golpe de estado em 2022.

Entre outros argumentos, a defesa do militar citou que ele não estava em Brasília em 15 de novembro de 2022, suposta data que a operação se aproximou da casa de Moraes. Os advogados também apontaram divergência em outras datas citadas pela Polícia Federal na investigação.

Celulares militares

Um celular identificado com uso de Rodrigo Bezerra estava na operação “Copa 2022”, apelido dado pelos golpistas a um grupo para falar dos planos, inclusive a operação de matar Moraes na própria casa.

A defesa afirmou que o celular não era dele, mas propriedade do Exército. A PF, por sua vez, indicou na investigação que os aparelhos foram adquiridos pelo grupo de militares justamente com objetivo de ocultar os donos reais.

Advogados de Bezerra afirmam que o acusado, no entanto, só teve acesso aos celulares quando assumiu o comando do Centro de Coordenação de Operações (CCOp) do COPESP, ou seja, depois da tentativa de assassinato; e o aparelho seria oficial do Exército. A PF não tinha identificado anteriormente que o aparelho tinha vínculos com a instituição. 

Bezerra indica “armação”

Na versão de Bezerra, ele pegou o celular para uso quando se tornou Requerente da unidade, e não sabia que o aparelho tinha sido usado para atos ilícitos ou planejamentos da Copa 2022. Afirma ser inocente e ter encontrado um chip usado no aparelho – e este, sim, foi o investigado pela PF. Ele afirma que jogou o chip fora.

Em novembro do ano passado, Bezerra disse, também, que o celular não era dele e isso foi uma “armação” para fingir envolvimento dele no golpe: “O que eu quero deixar claro aqui é que, o que eu preciso deixar claro, eu não estava nesse dia 15, eu não usei o celular no dia 15, eu comecei a usar esse celular a partir do dia 20 e alguma coisa, o senhor entendeu?”, disse o militar a um agente da PF. 

Na mesma época, em coletiva de imprensa, a defesa de Bezerra disse que o celular foi escolhido depois da data da tentativa de golpe e que o cliente tinha uma gama de celulares para escolher, mas este aparelho específico fora “plantado”:

“Esse celular está plantado à disposição do [tenente] coronel, como se já estivesse tudo preparado […] Óbvio que ele escolheu o mais novo. Óbvio que escolheu o melhor celular. Está muito claro que se trata de uma armação contra o [tenente] coronel Azevedo e contra as forças especiais. Não consigo afirmar para vocês quem está por trás”, disse, e finalizou: “Se houve plano, tem que ser apurado.”

A PF, por sua vez, disse que não conseguiu apurar que Bezerra de fato não usava o aparelho antes.

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