• New Page 1

    RSSFacebookYouTubeInstagramTwitterYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTube  

Volume de chuva que atingiu MG seria capaz de parar a cidade de SP, analisa especialista

Ruas de Ipatinga após madrugada de 80mm de chuvaReprodução X

Minas Gerais recebeu chuvas históricas que seriam capazes de paralisar as maiores cidades do Brasil, inclusive São Paulo. Desde dezembro, houve cerca de 25 mortos (metade delas na segunda semana de janeiro) e, nesta terça-feira (14), mais de 500 cidades da região estão em alerta pelos riscos dos temporais. 

Ipatinga foi a cidade com mais números de casos fatais, somando 10. O município teve 80 mm de chuvas em uma hora, e somou 200 mm em um dia – um nível extraordinário mesmo na época de chuvas, de acordo com William Dantas Vichete, professor do Departamento da Engenharia Ambiental da Unesp Sorocaba.

Suficiente para parar SP

Boa parte da chuva que chegou em Minas Gerais atingiu zonas rurais ou cidades menores. Caso esse mesmo volume caísse em grandes metrópoles, Vichete acredita que paralisaria as cidades: 

“Oitenta milímetros em uma hora é uma chuva que paralisaria várias regiões das grandes metrópoles do Brasil. Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte… Uma chuva assim com certeza colocaria os sistemas de drenagem no limite e eles seriam insuficientes em qualquer lugar do Brasil.”

Para ter noção do volume de água em Minas Gerais: em 27 de dezembro de 2024, a cidade de São Paulo ficou paralisada por chuvas. Combinado com o dia anterior, 26, a cidade recebeu 70 mm em cerca de 48 horas, somando 204 mm no mês de dezembro. Ipatinga recebeu 80 mm em uma hora e 200 mm em apenas um dia!

Cidade mal preparada 

Vichete acredita que um dos maiores problemas das chuvas em São Paulo é a falta de preparo de cidades para lidar com condições climáticas extremas, como chuvas extraordinárias. 

Precisamos ter sistemas de proteção e prevenção de enchentes desses eventos climáticos intensos a partir de medidas estruturantes ou estruturais: galerias de drenagem, reservatórios, estruturas, obras, materiais.”

São Paulo não está preparada para receber chuvas – mas, mesmo trabalhando nisso, ainda poderia haver problemas, acredita o professor: “Mesmo esse tipo de estrutura tem limite, Por exemplo, em chuva de 80 milímetros em uma hora, o efeito dessas medidas é menor, mas ajuda muito.”

Além disso, ele enfatizou a importância de haver monitoramento para as pessoas se prepararem para chuvas: “Precisamos trabalhar de forma integrada, utilizar esses sistemas estruturantes aliado a medidas convencionais e medidas sustentáveis de infraestrutura verde. A, associado a isso, precisamos dos sistemas de monitoramento, planos de ações, planos de drenagem, sistemas de previsão e alerta,” finalizou.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.