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Rapper morta em Cuiabá defendia pautas sociais e sonhava em fazer história no Hip Hop


Com cerca de oito anos de trajetória em batalhas de rima, La Brysa foi vencedora da ‘Batalha Vai Ser Rimando’, promovida pelo cantor e compositor Emicida. Nas batalhas, a artista defendia diversas pautas sociais
A rapper Laysa Moraes Ferreira, de 30 anos, conhecida como La Brysa, foi encontrada morta nessa quinta-feira (9), às margens do Rio Cuiabá, na capital. Nas batalhas, a artista defendia diversas pautas sociais, como a luta pelo fim da violência contra mulher, racismo e exclusão social, que são temas conhecidos como pilares do gênero .
Ao g1, amigos de La Brysa, que não quiseram ter a identidade divulgada, contaram que ela sonhava em ‘fazer história’ no Hip Hop.
“O sonho dela era poder viver da arte. No tempo que ela ficou aqui, mudou toda a atmosfera, muitas vítimas de violência e assédio passaram a denunciar. Ela também inspirou a nossa luta por mais segurança no Hip Hop. A presença artística dela foi muito forte, e é muito triste saber que nunca mais vou vê-la rimando”, disse uma das amigas da vítima.
Laysa era natural de Três Lagoas (MS), mas mudou-se para o estado vizinho no ano passado para investir na carreira de MC. A artista também atuava como poetisa e compositora.
Com cerca de oito anos de trajetória em batalhas de rima, ela foi vencedora da ‘Batalha Vai Ser Rimando’, promovida pelo cantor e compositor Emicida. Já em Cuiabá, foi semifinalista da ‘Batalha Alencastro 9 Anos’.
La Brysa na ‘Batalha da Alencastro’, em Cuiabá.
Reprodução
Entenda o caso
Laysa Moraes Ferreira, de 30 anos, desapareceu no dia 3 de janeiro, quando foi vista pela última vez no Bairro Santa Isabel, em Cuiabá, onde morava.
Segundo a Polícia Civil, um pescador encontrou o corpo da vítima nessa quinta-feira (9), na região do rio e acionou o Corpo de Bombeiros, que fez a retirada. Até o momento, nenhum suspeito foi divulgado pela polícia.
Corpo foi encontrada em área às margens do Rio Cuiabá
Ianara Garcia/TVCA
A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) apontou que a rapper morreu por afogamento. O corpo estava preso a uma lata de tinta cheia de concreto.
“Ela estava amarrada, totalmente amarrada. Pegamos o fio para tentar identificar se uma outra parte desse material pode ser encontrado. Tudo crê que ela foi deixada morta ali. Agora as investigações vão caminhar para identificar os autores e a motivação”, disse o delegado Bruno Abreu.
A irmã da vítima, Maria Júlia Moraes, contou que Laysa não possui nenhum familiar na capital mato-grossense e que mantinha contato por telefone e redes sociais, mas parou de responder as mensagens da família. Após isso, ela entrou em contato com amigos de Laysa para saber se estava tudo bem, no entanto, ninguém conseguiu falar com ela.
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