Sidônio Palmeira, novo responsável pela Secom (Secretaria de Comunicação Social), destacou nesta terça-feira (7) que o governo federal enfrenta dificuldades em sua comunicação com a população, apontando a necessidade de modernização e maior presença nas redes sociais. Segundo ele,a gestão precisa alinhar o trabalho realizado com a percepção popular.
“Esse governo fez muito e as coisas precisam chegar na ponta. Tem alguns problemas na comunicação, mas não é somente aqui na Secom. É no governo todo”, afirmou.
Sidônio,que substituirá Paulo Pimenta (PT-RS) no cargo,ressaltou a importância de uma abordagem digital. “A gestão não pode ser analógica. Na área de saúde, é essencial que as pessoas saibam onde se vacinar. Isso muitas vezes não sai da Secom, sai de um aplicativo”, explicou.
A troca no comando foi tratada com naturalidade por Pimenta, que destacou o novo momento do governo. Ele afirmou que a decisão reflete o desejo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de adotar um perfil mais técnico na comunicação, adequando-se a uma nova fase administrativa que busca consolidar resultados.
“O presidente tem uma leitura muito precisa de que tivemos uma primeira fase do governo que foi de reconstrução e, a partir de 2025, vamos entrar numa fase nova. Colheita e resultados”, declarou.
Pimenta destacou a escolha de Sidônio como alguém com talento e criatividade para liderar essa tarefa.
Estratégia de Lula
A mudança faz parte de uma estratégia do presidente Lula para renovar a comunicação governamental, buscando a eficiência que caracterizou gestões anteriores, quando trabalhou diretamente com marqueteiros como João Santana e Duda Mendonça.
Palmeira, que agora assume o comando da Secom, é conhecido por sua atuação como estrategista e publicitário, acumulando experiência em campanhas de destaque.
Entre seus trabalhos estão as campanhas vitoriosas de Jaques Wagner e Rui Costa na Bahia, além de ter sido o marqueteiro da eleição de Lula em 2022.
Futuro de Paulo Pimenta
Paulo Pimenta sairá de férias a partir de quinta-feira (9) e, ao retornar, discutirá com Lula seu futuro no governo. Entre as possibilidades estão um novo cargo ou o retorno à Câmara dos Deputados como líder do governo.
