Sidônio Palmeira foianunciado nesta terça-feira (7) como o novo ministroda Secom (Secretaria de Comunicação Social) do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP). Ele assume o cargo após a saída de Paulo Pimenta (PT-RS).
A substituição que ocorre em meio às críticas do chefe do Executivo sobre a efetividade da comunicação da gestão, especialmente em alcançar o público de forma clara. A mudança visa melhorar a imagem do governo e preparar o terreno para as eleições presidenciais de 2026, uma das prioridades do novo ministro.
Publicitário e marqueteiro político, Sidônio tem uma longa trajetória de trabalho com o PT. Ele é reconhecido por seu perfil discreto e por se autodefinir mais como um tradutor de estratégias políticas do que como um marqueteiro convencional.
Com formação em engenharia e histórico de liderança estudantil na UFBA (Universidade Federal da Bahia), onde foi vice-presidente do Diretório Central dos Estudantes, ele combina pragmatismo, didática e análise política em sua abordagem.
Palmeira foi responsável por campanhas vitoriosas no cenário político da Bahia, incluindo as eleições de Jaques Wagner (PT-BA) ao governo estadual em 2006 e 2010, além das campanhas de Rui Costa (PT-BA) em 2014.
Ele também participou do segundo turno da eleição presidencial de Fernando Haddad (PT-SP) em 2018 e comandou a campanha de Lula em 2022, sendo elogiado por desenvolver estratégias que marcaram as diferenças com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ).
Sidônio Palmeira e o governo
Mesmo sem integrar oficialmente o governo após as eleições, Sidônio continuou próximo de Lula e de figuras importantes da administração, como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Ele foi o autor de discursos e vídeos de impacto, como o anúncio da isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil e a gravação ao lado de Gabriel Galípolo antes da mudança no comando do Banco Central.
A nomeação de Sidônio reflete a intenção de Lula de retomar a proximidade com um estrategista de comunicação, similar ao modelo adotado em campanhas anteriores com marqueteiros como João Santana e Duda Mendonça.