Deise Moura dos Anjos, suspeita de envenenar um bolo que resultou na morte de três mulheres em Torres, no Rio Grande do Sul, realizou buscas na internet sobre arsênio antes do crime. A informação foi confirmada pela Polícia Civil, que encontrou registros das pesquisas no telefone da investigada,em novembro de 2024.
O delegado Marcus Vinícius Veloso afirmou que as evidências são consistentes, mas detalhes sobre o andamento das investigações não foram divulgados para evitar interferências no caso.
Deise está presa temporariamente por 10 dias e responde por triplo homicídio duplamente qualificado e tripla tentativa de homicídio.
O caso ocorreu em 23 de dezembro de 2024, quando sete familiares participaram de um café da tarde, e seis deles consumiram o bolo preparado por Zeli dos Anjos, avó de Deise.
Após a ingestão, Neuza Denize Silva dos Anjos, Maida Berenice Flores da Silva e Tatiana Denize Silva dos Anjos apresentaram sintomas graves de intoxicação e morreram.
Outras três pessoas foram hospitalizadas, incluindo Zeli, que permanece internada em estado estável na UTI, enquanto uma criança de 10 anos recebeu alta após apresentar sintomas mais leves. A polícia confirmou que o arsênio utilizado no envenenamento estava na farinha usada para fazer o bolo.
De acordo com Marguet Mittman, diretora do Instituto-Geral de Perícias, as análises toxicológicas apontaram concentrações de arsênio no sangue das vítimas até 350 vezes superiores ao limite considerado letal.
A Polícia Civil coletou 89 amostras na residência onde o bolo foi feito, identificando a farinha como fonte da contaminação.
O delegado Veloso afirmou que o crime foi doloso, ou seja, com intenção de matar, e que as provas recolhidas indicam Deise como autora do ato. Entretanto, a motivação do crime e como o arsênio foi obtido ainda estão sob apuração.
Investigações
As investigações seguem para determinar quem era o alvo principal do envenenamento e o momento em que o arsênio foi adicionado à farinha.
O bolo, que apresentava um gosto estranho e apimentado, levantou suspeitas durante o café da tarde, mas já havia sido consumido por várias pessoas.
A polícia trabalha para esclarecer se o crime foi premeditado e qual a extensão do envolvimento da suspeita.
