O jornal britânico The Sun divulgou que o ex-ditador sírio Bashar al-Assad teria sido alvo de umatentativa de assassinato por envenenamentoenquanto vive em exílio na Rússia, sob a proteção do presidente Vladimir Putin.
Relatos online afirmam que Assad apresentou sintomas compatíveis com envenenamento, mas até o momento não há confirmação oficial do episódio.
A reportagem também informa que sua esposa, Asma al-Assad, teve o retorno ao Reino Unido impedido devido à expiração de seu passaporte, o que reforça a permanência do casal em Moscou.
Após a queda de seu governo em 8 de dezembro de 2024, Assad fez sua primeira declaração pública há três semanas negando ter planejado fugir da Síria. Segundo ele, sua saída ocorreu após um pedido direto da Rússia para que deixasse uma base militar que estava sob ataque.
Assad afirmou que a Síria está atualmente “nas mãos de terroristas” e destacou que nunca considerou renunciar ou buscar refúgio.
“A decisão de deixar a base militar foi uma medida de segurança solicitada pela Rússia, não um plano de fuga. Nunca considerei a renúncia”, declarou.
Ele justificou seu silêncio inicial por dificuldades de comunicação e relatou tentativas frustradas de publicar declarações em veículos internacionais.
Nova eleição na Síria?
Enquanto Assad permanece em exílio, o novo líder sírio Ahmed Al Sharaa, representante de um grupo islamista radical, concedeu entrevista à Al Arabiya TV. Ele afirmou que as eleições no país podem levar até quatro anos para ocorrer, devido à necessidade de reescrever a Constituição.
Sharaa defendeu a retirada das sanções impostas pelos Estados Unidos, destacando a importância das relações diplomáticas com o Irã e a Rússia para a estabilização da Síria.
Ele assegurou ainda que as forças curdas serão integradas ao exército sírio e pediu o levantamento das sanções econômicas que, segundo ele, perderam a justificativa com a queda de Assad.
