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Coreia do Sul tem novo impeachment em menos de duas semanas

Primeiro-ministro Han Duck-soo tinha substituído Yoon Suk-yeol, alvo de impeachment após declarar lei marcial no país no começo de dezembro. O governo da Coreia do Sul teve nesta sexta-feira (27) um novo impeachment – o segundo em menos de duas semanas.
A Coreia do Sul tem um novo presidente interino – de novo. É o ministro das Finanças, Choi Sang-mok.
Ele vai comandar o país por até seis meses, enquanto o tribunal constitucional julga o impeachment do presidente Yoon Suk-yeol.
Yoon foi afastado pelo parlamento há 13 dias, depois de decretar lei marcial no país por algumas horas – medida que não era adotada desde a última ditadura militar, nos anos 1980, e que restringe os direitos civis e a liberdade de imprensa.
O presidente alegava que não conseguia aprovar medidas sem o apoio do legislativo, que tem maioria da oposição.
Os parlamentares o acusaram de dar um autogolpe pra tentar resolver sua crise política.
Yoon foi substituído pelo primeiro-ministro, Han Duck-soo, como prevê a Constituição.
Nesta sexta, Han também sofreu um impeachment – por unanimidade: cento e noventa e dois votos a zero.
Os parlamentares o acusaram de tentar beneficiar Yoon ao não indicar três juízes para completar o tribunal que julga o presidente afastado.
O julgamento começou com apenas seis juízes nas nove cadeiras do tribunal. Três deles se aposentaram nos últimos meses.
Na audiência preparatória desta sexta, só juízes precisaram participar. Com menos juízes, as chances de Yoon ser absolvido e reconduzido ao cargo aumentam. Para que o presidente seja afastado de vez, são necessários exatamente seis votos – o total de magistrados atuantes neste momento.
Assim, bastaria um voto contrário para que o impeachment fosse rejeitado.
Han alegou que não teria poderes como interino para indicar novos juízes. Mesmo assim, o julgamento começou hoje. Yoon Suk-yeol não compareceu e foi representado por advogados.
Do lado de fora, manifestantes favoráveis e contrários ao impeachment de Yoon.
A moeda sul coreana, o won, despencou nesta sexta. O novo presidente interino pediu ajuda das forças armadas pra impedir qualquer provocação da Coreia do Norte durante a crise política.
Neste momento, tropas norte coreanas lutam ao lado dos russos na guerra da Ucrânia.
E o ditador Kim Jong-un mantém um programa de lançamento de mísseis que preocupa o ocidente.
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