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Capitão da PM investigado por envolvimento no assassinato de casal volta ao quadro de oficiais


Decisão de retorno é assinada pelo governador Antonio Denarium (PP) e foi publicada no Diário Oficial. Helton Jhon estava junto com suspeitos no dia em que Flávia Guilarducci e Jânio Bonfim foram mortos a tiros, no interior de Roraima. Capitão Helton John Silva de Souza, de 48 anos, era chefe da segurança do governador de Roraima
Arquivo pessoal
O governo de Roraima determinou o retorno do capitão da Polícia Militar Helton John Silva de Souza, de 48 anos, ao quadro complementar de oficiais da corporação. Ele é investigado por envolvimento no assassinato do casal de agricultores Flávia Guilarducci, de 50 anos, e Jânio Bonfim de Souza, de 57, no dia 23 de abril, no interior de Roraima.
O decreto, assinado pelo governador Antonio Denarium (PP), foi publicado no Diário Oficial do dia 19 de dezembro. De acordo com ele, o retorno do capitão ocorre após “ter cessado motivo de sua agregação”, devido ao alvará de soltura que o colocou em liberdade em outubro de 2024 (entenda abaixo).
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O g1 procurou a Polícia Militar para saber em qual setor da corporação o capitão está atuando, e aguarda o retorno.
O capitão foi solto no dia 22 de outubro, após cinco meses de prisão. A liberdade provisória dele foi concedida pelo juiz Breno Jorge Portela Silva Coutinho, da 2ª Vara Criminal do Tribunal do Júri.
Helton Jhon é amigo do produtor rural Caio de Medeiros Porto, um dos investigados por matar o casal, e estava com os executores no dia do crime, segundo a Polícia Civil. Porto segue foragido.
No dia do assassinato, o capitão ocupava a função de coordenador da equipe de segurança do governador do estado, conforme investigação da Polícia Civil que a Rede Amazônica teve acesso. Mas, seis dias depois do ataque ao casal, foi afastado e colocado à disposição da Polícia Militar.
Áudio registra conversa e seis tiros em 15 segundos no assassinato de casal em disputa por
A suspeita de que Helton estava com Caio no dia dos disparos surgiu de uma gravação feita por Flávia antes de ser baleada. Umas das vozes captadas, conforme a investigação, era a dele.
No dia do crime, ele chegou em casa, contou para a esposa que aconteceu “algo grave que vai se resolver”, tomou banho, teve uma crise de choro, fez uma oração e foi para o futevôlei. Ele estava com a arma do crime.
O capitão, durante o depoimento dado no dia 28 de junho, confessou ter escondido na própria casa a arma usada no assassinato do casal de agricultores. Após isso, investigadores foram até a casa dele e encontraram a arma escondida no forro do banheiro.
Ele afirmou ainda que, no dia do crime, ligou para o comandante-geral da corporação, coronel Miramilton Goiano, e foi orientado a se desfazer do próprio celular.
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Morte do casal em Surrão
O crime contra o casal aconteceu em uma terça-feira, no dia 23 de abril, na vicinal do Surrão, na propriedade do casal. Jânio Bonfim morreu no dia do ataque. Já a esposa, Flávia, ficou internada em estado grave, mas não resistiu e morreu no Hospital Geral de Roraima (HGR).
Flávia Guilarducci e Jânio Bonfim foram baleados após ter a casa onde viviam invadida por quatro homens, em Roraima.
Arquivo pessoal
A disputa por terras, conforme investigação da Polícia Civil, ocorreu porque Caio passou a exigir que Jânio parasse a construção de uma cerca alegando que a obra estava entrando na terra dele. A obra era feita nos fundos da propriedade de Jânio, localizada na Gleba Tacutu, município de Cantá.
Antes de ser baleada, Flávia gravou as vozes dos suspeitos quando eles chegaram na propriedade e capturou toda a discussão e o ataque a ela e o marido. Foi por meio dessa gravação que a Polícia Civil conseguiu identificar os autores do crime, incluindo o empresário Caio e o capitão Helton.
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