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‘Sonic 3: O filme’ ultrapassa as adaptações anteriores dos games com aventura mais eficiente e divertida; g1 já viu


Terceira parte da franquia apresenta o vilão Shadow, que tem a voz de Keanu Reeves na versão original. Jim Carrey ganha papel duplo e mais uma vez é o destaque do elenco. O ligeirinho Sonic, um dos maiores símbolos da desenvolvedora Sega, segue escapando da maldição das adaptações dos games para o cinema. Isso fica comprovado em “Sonic 3: O Filme”, que estreou nos cinemas brasileiros nesta quarta-feira (25), dia de Natal.
O personagem já era bem-sucedido nas telonas desde o primeiro filme, em 2020, e sua sequência dois anos depois. Agora, com a terceira parte, a franquia não perde o pique e fica ainda mais gostosa de assistir, mesmo para quem nunca olhou para um videogame na vida.
Após os eventos vistos no filme de 2022, Sonic agora vive com raposa Tails e o alienígena Knuckles, que deixou de ser seu inimigo. O trio também convive com os humanos Tom (James Marsden) e Maddie (Tika Sumpter), como uma espécie de família disfuncional, na cidade de Green Hills, em meio a passeios na floresta e disputas de corridas.
Assista ao trailer de “Sonic 3: O filme”
A paz de todos é quebrada quando Sonic, Tails e Knuckles são chamados para deter uma nova ameaça: Shadow, um ouriço da mesma raça de Sonic, que estava confinado há anos e tem poderes diferentes de tudo que já eles já viram.
O trio é obrigado a fazer uma inusitada aliança com o Dr. Robotnik (Jim Carrey), para descobrir como impedir que Shadow cause mais destruição e quem está por trás da libertação do novo rival. Cabe a eles frear o novo ouriço, que tem planos de vingança e pretende destruir o planeta.
Velocidade Máxima (e bem cômica)
“Sonic 3: O Filme” consegue ser o melhor da franquia até o momento porque, além de inserir bem diversos elementos e referências dos jogos do protagonista, tem uma história mais redondinha. As piadas realmente funcionam, tanto para as crianças quanto para os adultos, que não devem se sentir entediados no cinema e até podem embarcar na aventura.
Sonic, Knuckles e Tails enfrentam uma grande ameaça em ‘Sonic 3: O Filme’
Divulgação
O diretor Jeff Fowler, que também comandou os filmes anteriores, se mostra mais solto como cineasta e não perde o ritmo ao longo da trama. O longa conta com boas cenas de ação, muita comédia e até uma situação dramática, que ele ainda não tinha desenvolvido bem anteriormente.
Além disso, o roteiro corrige um erro grave que enfraquecia a experiência das duas primeiras produções: desta vez, não há personagens humanos em tramas desnecessárias. Há mais espaço para os protagonistas e os vilões, que dão conta do recado e não precisam de acessórios para brilhar.
A única coisa a lamentar nessa decisão é a pouca utilização da ótima atriz Kristen Ritter, mais conhecida pela série da Marvel “Jessica Jones”. Na pele da Diretora Rockwell, uma agente de uma organização secreta, Ritter não tem muito para fazer e merecia mais tempo de tela, até por ser uma das novidades do filme. Talvez possa ser melhor aproveitada no futuro.
Jim Carrey interpreta o vilão Robotnik e seu avô em ‘Sonic 3: O Filme’
Divulgação
‘Dobro de vilão, dobro de diversão’
Já virou tradição o fato de que Jim Carrey adora roubar todas as cenas em que aparece na franquia “Sonic” e , neste terceiro filme, não é diferente. O astro de filmes como “O Máskara” e “Débi & Lóide” é uma metralhadora de caras, bocas e muito bom humor.
Desta vez, o ator canadense ainda tem o desafio de interpretar dois personagens: Dr. Ivo Robotnik e seu avô, Gerald. E mesmo debaixo de uma pesada maquiagem, Carrey consegue criar duas personalidades distintas.
As cenas reforçam a versatilidade de Carrey e dão mais força ao filme. Afinal, não é qualquer ator que tem essa habilidade cômica – e o resto do elenco, como James Marsden e Tika Sumpter, é facilmente eclipsado por ele.
Shadow (dublado por Keanu Reeves na versão original) é um dos vilões de ‘Sonic 3: O Filme’
Divulgação
Além dos personagens de Carrey, a adição de Shadow foi muito bem realizada. O antagonista de Sonic é bastante popular entre os fãs dos games e, no filme, ganha uma origem interessante e até emotiva.
O filme tem ótima dublagem brasileira e, na versão legendada, contou com estrelas no elenco. Além de Ben Schwartz como a voz de Sonic e Colleen O’Shaughnessey dublando Tails, Idris Elba volta a dublar Knuckles e Keanu Reeves é a grande novidade da série como Shadow.
Sobretudo, “Sonic 3: O filme” é um ótimo passatempo, que entretém mais que muitas produções de 2024. É uma excelente adesão à franquia – e ao fim da sessão, até dá vontade de jogar videogame de novo.
Cartela resenha crítica g1
g1
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