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as séries gringas de 2024


True Detective – Night Country
Divulgação/Max
A cada 12 meses este blog volta à vida para trazer as melhores séries que eu vi no ano (e algumas das piores também). São elas, e não totalmente nesta ordem:
‘True Detective – The Night Country’ (Max)
A série antologia (cada temporada tem uma história diferente, com atores diferentes) começou lá em 2014 com uma temporada sensacional e depois teve duas bem medianas. Mas este quarto ano retomou toda a glória – e aquele arzinho sobrenatural – de “True Detective”, no que talvez seja a melhor história até agora. Oito cientistas somem de modo inexplicável de uma estação de pesquisa no meio do gelo do Alasca, o que dá início a uma investigação que passa pelo desaparecimento nunca solucionado de uma mulher, pela luta da população local contra grandes empresas poluidoras e pelo misticismo dos habitantes da cidadezinha. Tudo no frio e no escuro do inverno do Alasca, tudo permeado pela belíssima direção de Issa López. Aliás, a série é escrita, dirigida e protagonizada por mulheres, com Jodie Foster e Kali Reis brilhando.
”Bebê Rena’ (Netflix)
É, sem dúvida, a série mais perturbadora do ano. Conta a história real de Richard Gadd, que escreveu e protagoniza a série sobre um barman e aspirante a comediante que sem querer se vê envolvido com uma mulher que passa a stalkeá-lo de forma implacável – numa atuação notável de Jessica Gunning. A série tem alguns momentos de humor até – tipo as trocentas mil mensagens que ela manda diariamente para ele -, mas vai ficando mais sombria e pesada com o passar dos episódios. Essa obsessão tem um impacto profundo na vida dele, trazendo à tona um passado de abuso e manipulação.
‘Girls 5Eva’ (Netflix)
Eu dei tanta, mas tanta risada com essa série este ano… Nesta terceira temporada (tristemente a última, pois a série acaba de ser cancelada), o quarteto do título – que era um quinteto que fez sucesso nos anos 2000 com um hit só – resolve retomar sua carreira musical para valer e sai em turnê. Ou quase isso. É uma série que tem o dedinho da Tina Fey, ou seja: muitas camadas de piadas, muitas camadas de referências, quanto mais você entende, mais você ri (especialmente das músicas, absolutamente geniais e ridículas). Fico triste em constatar o quão subestimada é essa série. Se você é fã de “30 Rock” e “Unbreakable Kimmy Schmidt”, essa série é pra você. (Se não é, também.)
‘Poker Face’ (Universal +)
Essa aqui é do ano passado, mas estreou legalmente no Brasil neste ano, então entra na lista, até porque o blog é meu, eu faço as regras. Natasha Lyonne vive uma mulher que tem o dom de saber quando as pessoas estão mentindo – e, por causa disso, acaba sendo ameaçada de morte e vira uma fugitiva. E aí a série se torna meio que um procedural drama, daquele tipo “caso do dia”. Ela vai fugindo de cidade em cidade e sempre acaba se deparando com algum crime e usando seu dom para ajudar a polícia a resolvê-lo, mesmo sem querer. Parece uma fórmula meio boba e básica, mas a beleza aqui está na inventividade das histórias. É um episódio melhor que o outro, histórias originais, bem escritas, zero óbvias. Coisa fina.
‘Get Millie Black’ (Max)
Get Millie Black
Divulgação/Max
Veja bem, eu nem terminei a temporada, porque o último episódio ainda não estava disponível no momento em que escrevo este post. Mas, a não ser que protagonista revele que é uma alienígena disfarçada de policial para aprender sobre a vida na Terra, são pouquíssimas as chances de essa produção britânica que se passa na Jamaica (e é escrita pelo premiado escritor jamaicano Marlon James) não ser uma das melhores coisas do ano. Uma policial – que, óbvio, não segue regras – começa a investigar o desaparecimento de uma adolescente em Kingston, uma cidade marcada por desigualdades, corrupção e racismo. Série policial de primeira, com personagens excelentes e um texto belíssimo.
‘Somebody Somewhere’ (Max)
Essa série é daquelas que devia ter uma temporada por ano para sempre. Para a gente ficar assistindo às vidinhas absolutamente ordinárias e ainda assim fascinantes de um grupinho de amigos numa pacata cidadezinha do interior do Kansas. Uma série delicada sobre amizades, sobre encontrar o sentido da vida, sobre tentar se encaixar. É bonita demais, sem fazer nenhum esforço.
‘Evil’ (Globoplay)
Tudo nessa série feita pelos criadores da ótima “The Good Wife” é legal. O formato caso do dia – supostos milagres e acontecimentos sobrenaturais são investigados por um trio (um padre católico, uma psicóloga forense e um gênio da tecnologia) para saber se há alguma explicação científica -, a vida pessoal dos personagens, o eterno climinha de dúvida, o clima místico, a luta do bem contra o mal. Pena que a quarta temporada é oficialmente a última.
‘Slow Horses’ (Apple tv+)
Gente, como é bom isso aqui. A série britânica dos espiões que foram rebaixados e trabalham para uma agência de segunda categoria consegue ser melhor a cada temporada. É tudo curtinho, seis episódios, sem embromação. Tem ação, tensão, personagens legais, uma história melhor que a outra e a quinta temporada garantida e inclusive já filmada. Série pra se jogar sem medo de ser feliz.
‘Sunny’ (Apple tv+)
Cena de Sunny
Divulgação/Apple tv+
Depois que seu marido japonês e seu filho desaparecem em um acidente de avião, uma americana sozinha no Japão vive seu luto com muitas garrafas de vinho e a companhia inesperada de uma robô fofa e prestativa, fabricada pela empresa onde trabalhava seu marido – e que é um presente póstumo dele. Só que a robô, a Sunny do título, atrai também a atenção da máfia japonesa, numa história ótima e meio maluca que tem alguns dos episódios mais originais do ano. A série é cool até dizer chega, começando pela abertura, passando pelo visual da protagonista, vivida por Rashida Jones. O único defeito talvez seja o final, que deixou um pouco a desejar, mas nada que faça a série perder o posto de uma das coisas mais legais do ano.
‘Hacks’ (Max)
Essa série bate ponto nesta minha lista anual e só melhora. Uma ótima temporada sobre a tentativa da comediante Deborah Vance (Jean Smart) de conseguir o posto de apresentadora de um late show na TV, enquanto sua relação com sua ex-pupila Ava só fica mais divertida. E a parte dos coadjuvantes, que eu já curtia, ficou melhor ainda.
‘Presumed Innocent’ (apple tv+)
Essa é para quem estava com saudade de um draminha de tribunal daqueles bons. Um promotor de Justiça, vivido por Jake Gyllenhaal, é acusado de matar uma colega, com quem tinha um caso tórrido. A série acompanha seu julgamento, sua crise familiar, as disputas políticas dentro do ministério público – o promotor que faz o papel de acusação no caso é o maior rival do réu. Nada muito original, mas ótimos episódios, grandes atuações – além de Gyllenhaal, Peter Sarsgaard está excelente. Seriezinha para matar a saudade de gritar uns “objection!” para a tv.
‘Nobody Wants This’ (Netflix)
Adam Brody e Kristen Bell na série ‘Ninguém quer’
Divulgação/Netflix
É meio assim: se você não ficou totalmente apaixonado pelos dois protagonistas desta comédia romântica talvez você esteja morto por dentro. Kristen Bell e Adam Brody formam o casal mais fofo do ano, têm uma química incrível, e a gente tem vontade de casar com essa série, que pega um monte de clichês de comédias românticas e usa tudo num texto esperto com personagens ótimos. Um rabino gato e uma podcaster de sexo igualmente gata se apaixonam, no que parece ser uma relação meio impossível – um dos dois vai ter que abrir mão da própria vida para que as coisas deem certo? Enfim: é uma série pra ver e ser feliz por uma meia horinha. Ah! A historinha paralela dos irmãos dos protagonistas talvez seja tão boa quanto o romance do casalzinho.
‘Only Murders in the Building’ (Disney +)
O que eu amo nesta série – que pela quarta vez aparece nesta renomadíssima lista – é que os caras conseguiram um entrosamento tão bom do elenco, os personagens estão tão afinadinhos e o roteiro é tão divertido, que o assassinato propriamente dito é o que menos importa aqui. E ainda assim o mistério e sua resolução são ótimos. O que é um feito, considerando que já estamos na quarta temporada da série sobre o trio de vizinhos de Nova York que tem um podcast em que eles resolvem crimes, mas só os que acontecem no prédio onde eles moram. Steve Martin, Martin Short e Selena Gomez: que trio espetacular.
‘Sort of’ (Max)
A série canadense sobre uma pessoa trans não binária (e de uma família paquistanesa imigrante no Canadá) que vai trabalhar como babá de dois adolescentes numa casa de família é daquelas séries que fazem bem ao coração – três temporadas fofíssimas. Estreou em 2021, mas só descobri agora – e gamei.
‘Better Things’ (Max)
Não sei por que eu nunca mencionei neste blog – acho que porque eu comecei a ver com muito atraso (é de 2016) e aí fui vendo muito lentamente porque queria economizar, o tanto que essa série é boa demais. Terminei este ano e está facilmente na lista das minhas séries favoritas da vida. Criada pelo cancelado porém genial Louis CK e por Pamela Adlon, que também é a protagonista, essa série meio autobiográfica mostra o cotidiano de uma atriz e mãe solo com suas três filhas, sua mãe problemática, seus amigos divertidíssimos. Não acontece muita coisa, é só aquele negócio de assistir à vida dos outros por várias temporadas. Bem feita demais.
‘A Franquia’ (Max)
Comédia divertidíssima estilo “ambiente de trabalho” sobre os bastidores de uma grande produção cinematográfica. Tem aquele climinha de todo mundo se xingando, assistentes tendo que lidar com o ego de diretores e atores, além das melhores cenas nos créditos finais.
‘The English Teacher’ (Disney+)
Outra comédia excelente que chegou agora no finalzinho do ano. O dia a dia de um professor gay no ensino médio de uma escola no Texas, sua relação com seus alunos gen Z, com os pais deles, com seus colegas professores. Tem episódios pra rir de gargalhar.
‘Monstros: irmãos Menendez’ (Netflix)
Baseada em uma história real horrenda, é sobre dois irmãos que matam os pais a tiros dentro de casa, no fim dos anos 1980. Sendo uma família milionária de Beverly Hills e o pai um alto executivo da indústria fonográfica, o julgamento dos irmãos vira uma obsessão nacional. É aquela coisa exagerada e histriônica que marca as produções do Ryan Murphy, e a história ora retrata os irmãos como dois sociopatas hedonistas que mataram por dinheiro, ora como vítimas de abusos e estupros cometidos pelo pai com anuência da mãe. A Netflix lançou ainda um documentário que mostra como os irmãos estão hoje, mais de 30 anos depois do crime.
‘Curb Your Enthusiasm’ (Max)
Eu amo o Larry David com todo o meu coração e amo essa série, mas o tanto que eu demorei para terminar de ver esta temporada final talvez seja um sinal de já estava mesmo na hora de a série (que estreou em 2000) chegar ao fim e entrar para o panteão de grandes comédias da humanidade
‘Sugar’ (apple tv+)
Confesso que oscilo toda hora entre colocar essa série entre as mais legais do ano e entre as piores do ano. Porque a história do detetive que investiga o desaparecimento de pessoas importantes em Los Angeles é tão cool, tem um clima noir, o Colin Farrell está ótimo, a história é muito boa, até que… Até que tem uma reviravolta que é talvez a coisa mais absurda e também ridícula que eu já vi na vida. É isso. Veja por sua conta e risco. (Mas, no fim das contas, a série ganhou um lugarzinho neste post, isso vale alguma coisa).
‘Ripley’ (Netflix)
A nova versão da história do golpista que já foi retratado algumas vezes no cinema é linda e bem filmada, mas também um pouco arrastada demais – será que a gente ia achar tão incrível (eu não achei, talvez) se não fosse filmada em preto e branco, será? No fim, é uma boa série, tirando uma cena absolutamente ridícula e sem sentido que quase estraga tudo (não vou dar spoilers, se você viu você sabe do que eu estou falando, né). Mas tá valendo.
‘Pinguim’ (Max)
A série é boa, bem feita, climinha de Gothan Citty e máfia (sou zero fã de Batman ou de HQ, gostaria de ressaltar), mas no fim das contas a gente termina odiando todo mundo ali e se perguntando por que mesmo que a gente foi assistir àquilo. Acho que vale principalmente pela incrível transformação do Collin Farrell em Pinguim e pela ótima atuação de Cristin Miliotti.
Também teve isto:
-“The Bear” (Disney +) – vamos falar a verdade, caro leitor, cara leitora: faz tempo que essa série parou de ser ótima. Sim, tem aqui e ali um episodio lindo e bem dirigido, mas o restante desta terceira temporada foi uma repetição da fórmula “É muito difícil trabalhar num restaurante; tenho problemas de saúde mental”. Não dá mais, né. Pelo menos não levou o Emmy de melhor comédia, ia ser muito sofrimento ter que lidar com isso, porque nem comédia essa série é (e quanto tenta ser é horrível).
– “Disclaimer” (Apple tv+) – a série linda e rica dirigida por Alfonso Cuarón e protagonizada por Cate Blanchet dá a impressão de que vai ser a série do ano, mas no fim a gente se dá conta de que a história é contada de um jeito que absolutamente não faz nenhum sentido e que os personagens são quase todos apenas uns idiotas. Que desperdício.
– “Xogum” (Disney+) – Sei que é linda, incrível, premiada, recordista de Emmys, primeira de seu nome. Mas achei muito, muito chata, e larguei depois de quatro episódios (ninguém pode dizer que não me esforcei). Desculpa, mundo. A vida é muito curta pra ficar vendo série chata só porque foi premiada.
– “Eric” (Netflix) – estava apostando muito nessa minissérie, talvez porque eu amo o Benedict Cumberbatch e quero gostar de tudo o que ele faz. Até que começa boa, mas, no fim, a história sobre o desaparecimento de um garoto na Nova York dos anos 80 quer tratar de tanto, mas tanto assunto em só quatro episódios que acaba se perdendo completamente. Que pena.
– “Sr. e Sra. Smith” (Prime Video) – Donald Glover (de “Atlanta”) é um gênio, sabemos, mas às vezes ele cansa, assim como essa série baseada no filme de 2005 sobre um casal de assassinos profissionais. É divertida, tem nomes de peso fazendo participações especiais, mas não achei essa coca-cola toda, não.
– “O Véu” – mais uma que engana. Elizabeth Moss (de “Mad Men” e “The Handmaid’s Tale”) é uma superespiã em uma missão secreta num campo de refugiados da Síria. A série tem um climinha Jack Bauer e começa ótima. Mas no fim é péssima e faz a gente se perguntar inclusive se Moss é mesmo mesmo uma boa atriz.
– “O Problema dos 3 Corpos” (Netflix) – um verdadeiro abacaxi.
– “O Simpatizante” (Max) – eu quero muito retomar essa série sobre um espião da guerra do Vietnã, baseada num livro premiado, mas o Robert Downey Jr. querendo dar uma de Eddy Murphy em “O professor aloprado”, só que sem metade do talento, dá meio que uma estragada em tudo.
– “Mrs. Davis” (Max) – também não é deste ano, mas descobri em 2024. Começa muito legal, mas talvez seja inventiva demais e uma hora eu apenas larguei. Desculpa, Damon Lindelof, ainda te amo. Talvez eu volte a ver.
– “Expats” (Prime Video) – Outra série que parece que vai ser ótima. Rica, com Nicole Kidman como protagonista, passada em Hong Kong, sobre a vida de esposas de altos executivos que moram na cidade. Mas no fim é só uma reunião de personagens chatíssimos.
– “Histórico Criminal” (Apple tv+) – Fui ver só porque tem a incrível Cush Jumbo, de “The Good Fight”. Série policial clássica que se passa em Londres, envolve violência contra a mulher e policiais corruptos. Começa ótima, no fim se perde um pouco. É ok.
É isso. Estaremos de volta no ano que vem, na esperança de que seja um ano bom, lindo e com muitas séries excelentes. Feliz ano novo.
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