Iniciativa faz parte das ações para enfrentar a crise na saúde de Goiânia. Segundo o governo estadual, mais de mil pacientes já foram encaminhados para internações em leitos de enfermaria e UTI. Gabinete de crise da saúde anuncia abertura de 80 leitos de UTI
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) anunciou a abertura de 76 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no estado – veja distribuição abaixo. A iniciativa faz parte das ações do Gabinete de Crise das UTIs, criado para enfrentar a crise na saúde de Goiânia.
Distribuição dos leitos:
Hospital Ruy Azeredo, em Goiânia: 20 leitos;
Hospital das Clínicas, em Goiânia: 16 leitos (10 adultos e 6 pediátricos);
Hospital Estadual de Águas Lindas: 40 leitos (20 adultos, 10 pediátricos e 10 neonatais). Essa unidade também recebe pacientes de Goiânia.
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Além disso, foram disponibilizados 32 leitos de enfermaria no Hospital Estadual de Águas Lindas. Segundo o governo estadual, durante os 18 dias de atuação do Gabinete de Crise das UTIs, mais de mil pacientes foram encaminhados para internações em leitos de enfermaria e UTI. De acordo com a SES-GO, todas as solicitações de leitos foram autorizadas em menos de 24 horas.
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Gabinete de crise
O Gabinete de Crise foi criado pela SES-GO com o objetivo de monitorar, planejar e coordenar ações integradas entre órgãos estaduais e municipais. A coordenação é liderada pela SES-GO, enquanto as unidades municipais executam as ações hospitalares.
O Gabinete também estabeleceu uma parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia e a comissão de transição do prefeito eleito, Sandro Mabel.
Além disso, foi firmada uma aliança com os Serviços de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) da Região Metropolitana de Goiânia. As unidades do Samu de Aparecida de Goiânia, Trindade e Senador Canedo também colaboraram no transporte de pacientes e no reforço de plantões.
Mortes
Pelo menos cinco pessoas morreram à espera de leitos de UTI em Goiânia. As vítimas são Severino Santos, Katiane Silva, Janaína de Jesus, Luiz Felipe Figueiredo da Silva e João Batista Ferreira. As famílias contaram que procuraram auxílio do MP-GO e da Justiça para conseguir atendimento, mas o serviço de saúde pública não chegou a tempo.
Sobre a morte de Severino, a SMS de Goiânia informou que o paciente, com quadro clínico relacionado a uma fratura ortopédica, estava sob cuidados e a Secretaria buscava por vagas na rede SUS, o que inclui hospitais estaduais. Sobre Katiane Silva, foi informado que ela morreu de dengue hemorrágica e que não houve falta de assistência. Em relação à Janaína não houve resposta e no caso de Luiz Felipe a Secretaria disse que “a causa da morte vai ser investigada pelo Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) do município.
Hospital das Clínicas da UFG, em Goiânia, Goiás
Secom/UFG
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