O governo do Rio Grande do Sul confirmou a morte de dez pessoas, no acidente com avião que caiu em Gramado, neste domingo (22). A aeronave era privada, de propriedade do empresário Luiz Claudio Salgueiro Galiazzi, que também piloto do avião. Além dos mortos, outras 17 pessoas ficaram feridas, duas delas em estado grave.
Os feridos têm entre 30 e 60 anos, e cinco deles, que estavam no hospital de Canela, já tiveram alta. Outras 12 pessoas seguem no hospital de Gramado — uma delas em estado grave. Uma mulher, também em estado grave, foi transferida Porto Alegre em decorrência da complexidade das queimaduras. Dentre as feridas graves, uma é funcionária da pousada e outra, uma hóspede do estabelecimento.
Família inteira morre em avião que caiu em Gramado
As informações foram confirmadas durante coletiva de imprensa, realizada no início da tarde de domingo, pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e outras autoridades da segurança gaúcha. Os mortos no acidente são todas da mesma família.
“A perícia ainda irá confirmar, mas as vítimas são Luiz Claudio [Salgueiro Galiazzi], a esposa dele, três filhos, a irmã dele, cunhado, a sogra e duas crianças“, afirmou o delegado da polícia civil, Gustavo Barcellos. Galiazzi é empresário, CEO da Galeazzi & Associados, consultoria especializada em gestão e reestruturação de empresas. A família estaria na cidade a passeio.
Por se tratar de uma aeronave privada, não há necessidade de formalizar a lista de passageiros para órgãos competentes. Para chegar às identificações, a polícia ouviu o sócio do empresário e conferiu a listagem de hóspedes da família em um hotel na cidade.
Causas do acidente serão investigadas pelo Cenipa e Polícia Civil
O avião que caiu em Gramado decolou do aeroporto de Canela às 9h02, tendo despencado alguns minutos depois. A maioria das vítimas estava dentro da pausada que a aeronave atingiu durante a queda. Os bombeiros ainda não conseguiram acessar o local exato em que está o corpo do avião devido à estruturas metálicas que cairam sobre ele.
A aeronave tinha como destino o aeroporto de Jundiaí e, segundo infomado na coletiva, teria autonomia para chegar ao destino. Uma das hipóteses é de que as más condições do tempo tenham relação com o acidente. “As condições em que o acidente aconteceu só virão com análise técnica das autoridades”, disse o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.
O Instituto-Geral de Perícias realiza uma análise técnica do local em que está a aeronave, a fim de localizar os corpos. Para isso, o IGP utiliza um protocolo internacional de desastres em massa — mesmo protocolo usado pela Interpol (Polícia Internacional) para identificação de um corpo.