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Com tornozeleira e sem rede social: Moraes manda soltar Daniel Silveira com medidas cautelares

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liberdade provisória do ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ). Ele terá que cumprir uma série de medidas cautelares, como usar tornozeleira eletrônica e ficar fora das redes sociais.

Daniel Silveira foi condenado a oito anos e nove meses de prisão por defender pautas antidemocráticas

Daniel Silveira foi condenado a oito anos e nove meses de prisão por defender pautas antidemocráticas – Foto: Luís Macedo /Agência Brasil

A decisão ocorre após a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar a favor da soltura. O ex-deputado cumpria pena no regime semiaberto.

Daniel Silveira foi condenado pelo STF a oito anos e nove meses de prisão por defender pautas antidemocráticas, como a destituição de ministros do tribunal e a ditadura militar. Ele já cumpriu um terço da pena e pagou a multa imposta na sentença, requisitos previstos na Lei de Execuções Penais para a liberdade provisória.

Em sua decisão, Moraes afirmou que o ex-deputado demonstrou bom comportamento na prisão e bom desempenho no trabalho durante o semiaberto.

Em sua decisão, Moraes afirmou que o ex-deputado demonstrou bom comportamento na prisão – Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil/ND

Veja as medidas cautelares impostas a Daniel Silveira:

  • Monitoramento por tornozeleira eletrônica;
  • Recolhimento domiciliar noturno e nos finais de semana;
  • Apresentação semanal no fórum;
  • Comprovação de trabalho;
  • Proibição de usar redes sociais;
  • Proibição de contato com investigados no inquérito do golpe;
  • Proibição de porte de arma de fogo e de frequentar clubes de tiro;
  • Proibição de conceder entrevistas sem autorização judicial.
  • O cumprimento da sentença atrasou porque o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) editou um decreto para perdoar a pena – Foto: MAURO PIMENTEL /AFP/ND

Em um vídeo publicado nas redes sociais, em fevereiro de 2021, o ex-deputado ofendeu ministros, falou em dar uma “surra” nos magistrados, defendeu o golpe militar de 1964 e o AI-5 (ato mais duro da ditadura).

O cumprimento da sentença atrasou porque o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) editou um decreto para perdoar a pena. O indulto de Bolsonaro, no entanto, foi anulado pelo STF. Os ministros concluíram que o ex-presidente agiu para ajudar o aliado, sem respeitar o interesse público.

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