Desde 2020, Fabiano Furtado faz roteiro por mais de 600 cachoeiras no estado. Explorador de cascatas calcula ter percorrido 45 mil km atrás de quedas d’água. Mapeando cascatas e cachoeiras do Rio Grande do Sul desde 2020, o designer gráfico Fabiano Furtado, de 45 anos, encontrou um cenário diferente ao visitar as quedas d’água entre janeiro e fevereiro de 2023. As paisagens ficaram mais secas, reflexo da estiagem que atingiu o estado durante o verão.
FOTOS: veja mais do ‘antes e depois’ das cascatas
Morador de Novo Hamburgo, na Região Metropolitana, Fabiano já conheceu 650 cachoeiras no estado. Algumas das mais secas foram localizadas na Serra, região de muitas quedas d’água em razão do relevo acidentado. A baixa vazão dos rios leva pouca água aos rochedos.
“Em todos os cantos do estado, não tem local que dê pra dizer que tenha bastante água”, diz.
Cascata em Nova Pádua antes e depois da estiagem
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Para Fabiano, o impacto da estiagem pode afetar o potencial turístico de algumas regiões do estado. “Isso tem causado uma preocupação em quem promove esse turismo rural. Mas, além disso, também causa um impacto negativo na economia local”, comenta.
O designer defende a adoção de medidas para preservar as paisagens das cascatas. “Isso seria feito através de ações para preservar os recursos hídricos, a conscientização também da preservação do meio ambiente”, sugere Fabiano.
Fabiano Furtado calcula ter percorrido 45 mil km dentro do RS atrás de cachoeiras. Uma volta ao redor da Terra, por exemplo, soma 40 mil km.
“Eu dei uma volta ao mundo dentro do estado atrás de cachoeiras”, diz.
Cascata em Nova Petrópolis depois da estiagem
Fabiano Furtado/Divulgação
Asilo, motel e cemitério
Em 2022, Fabiano contou ao g1 ter encontrado cachoeiras em lugares inusitados. Uma delas ficava dentro de um lar para idosos e outra, em um motel, ambas em Santa Cruz do Sul. Na cidade de Nova Petrópolis, a cascata ficava no terreno de um cemitério.
Com a ampliação do roteiro, o explorador de cascatas afirma que o Vale do Taquari, o Norte do RS e a Serra são os locais em que mais descobre novas cachoeiras.
Uma das mais altas e mais bonitas do RS, segundo Fabiano, fica na Reserva da Aratinga, na região de Itati, onde fica a encosta da Serra Geral.
“É uma área protegida. Tive que conseguir várias liberações para entrar lá, mas acabei conhecendo ela”, conta.
Registro de visita em cascata de Itati
Reprodução/Instagram
Livro
O roteiro de Fabiano é registrado nas redes sociais. O designer tem o sonho de transformar a ideia em um livro e busca apoio, com financiamento coletivo e cotas de patrocínio, para concretizar a iniciativa.
“É um trabalho que eu não gostaria de deixar perdido. Para perpetuar isso em livro, ensinando para as pessoas como chegar nesses lugares ou, pelo menos, verem as fotos. Este ano, provavelmente, eu vou chegar a 800 cachoeiras”, fala.
Perfil do projeto de Fabiano nas redes sociais: 600 Cascatas Gaúchas
Reprodução/Instagram
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Designer registra ‘antes e depois’ de cascatas e cachoeiras secas pela estiagem no RS
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