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Ansiedade: “palavra do ano”, revela preocupação da população com a saúde mental


Pesquisa é realizada há 9 anos pelo Instituto de Pesquisa Ideia Ansiedade
Canva
Ansiedade é eleita a palavra do ano de 2024 no Brasil, segundo pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Ideia com a empresa de marketing Cause e o aplicativo PiniOn. 22% dos entrevistados escolheram ansiedade, seguido por resiliência (21%), inteligência artificial (20%), incerteza (20%) e extremismo (4%).
Em sua nona edição, a pesquisa que escolhe a “Palavra do Ano”, busca capturar o espírito do tempo, refletindo os temas que mais mobilizam o país em diferentes períodos históricos.
Na primeira edição, em 2017, durante a operação Lava-Jato, a palavra foi “Corrupção”. No ano seguinte, “Mudança”, refletiu o impacto das eleições presidenciais; Em 2019, “Dificuldades” destacou os desafios econômicos; “Luto”, em 2020, traduziu o impacto da pandemia; já em 2021, foi “Vacina”, simbolizando a esperança em meio à crise sanitária; Em 2022, “Esperança” acompanhou a expectativa de renovação com a eleição de um novo governo; e no ano passado, “Mudanças climáticas”, demonstrando a crescente conscientização ambiental.
A escolha de “Ansiedade” para 2024 não é à toa. A pesquisa “Panorama da Saúde Mental”, realizada conjuntamente entre o Instituto Cactus e a AtlasIntel, divulgada em junho deste ano, aponta que 68% dos brasileiros relataram sentimento de nervosismo, ansiedade e tensão, apesar de mais da metade da população nunca ter procurado um profissional da saúde para lidar com questões relacionadas a transtornos de ansiedade.
“De fato, temas relacionados à saúde mental, como ansiedade, depressão, burnout, estiveram em alta em 2024, o que não necessariamente signifique que as pessoas procuraram por um diagnóstico correto, após consulta com profissional capacitado, tão pouco foram em busca de tratamento”, esclareceu Suzana Lyra (CRP03/9748), neuropsicóloga, Diretora e Responsável Técnica do Instituto Baiano de Neurodesenvolvimento Suzana Lyra (IBN).
Ao todo, 26% dos brasileiros relatam que foram diagnosticados com transtorno de ansiedade. 18,1% responderam que procuraram um profissional, mas não foram diagnosticados com ansiedade. Já 55,8% das pessoas sequer procuraram um médico para tratar do assunto.
Sinais de ansiedade
A ansiedade se manifesta de diferentes formas, desde as sensações de medo, apreensão, pânico, como podem também refletir em sintomas físicos como aumento da pressão sanguínea, batimentos cardíacos acelerados e hiperventilação.
Dentre os principais sintomas psicológicos estão insônia, dificuldade de concentração, sensação de estar “no limite”, pensamentos catastróficos. Já os sintomas físicos são sudorese, boca seca, falta de ar, formigamento, náuseas, ondas de calor e calafrios, sensação de desmaio.
“A ansiedade deve ser tratada como doença a partir do momento que as reações psicológicas e físicas passam a ser tão intensas que modificam a rotina da pessoa, impedindo-a de se proteger ou lutar contra esses sentimentos. Importante lembrar que, dentro do transtorno de ansiedade, existem variações, como por exemplo o transtorno de ansiedade generalizada (TAG), o pânico, o estresse pós-traumático e o transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Por isso é tão importante a busca por um profissional capacitado, para o correto diagnóstico e o início do tratamento o quanto antes”, concluiu.
Responsável Técnica: Dra Suzana Lyra (CRP03/9748), Neuropsicóloga.
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