Enquanto milhões de pessoas ao redor do mundo aguardam ansiosamente pelas luzes, os presentes e as confraternizações típicas do Natal, há quem prefira manter distância dessa época do ano. Conhecidas popularmente como portadoras da “Síndrome de Grinch”, essas pessoas rejeitam as tradições natalinas e evitam o envolvimento em qualquer celebração da data.
Inspirado no famoso personagem que detestava o Natal, o termo é usado para descrever quem não monta árvore, não troca presentes e até evita as reuniões familiares.
Mas, ao contrário do que muitos imaginam, essa atitude não é apenas “rabugice”. Há razões mais profundas que podem explicar o incômodo com a data, como experiências pessoais negativas ou simplesmente o desinteresse pelo consumismo associado à celebração.
O que é a Síndrome de Grinch?
O termo “Síndrome de Grinch” ganhou popularidade após o filme estrelado pelo ator Jim Carrey, no qual o personagem Grinch tenta destruir o Natal de Quemlândia. No filme, o rabugento personagem chega a roubar presentes e enfeites natalinos para acabar com a celebração.
Hoje, o termo é usado para descrever pessoas que rejeitam os aspectos típicos do Natal, como decorações, músicas e a troca de presentes. Apesar de ser amplamente citado, a “Síndrome de Grinch” não é reconhecida como um diagnóstico clínico.
Segundo a Sociedade Brasileira de Hipnose, essa aversão pode estar associada a experiências traumáticas, estresse, ansiedade ou, simplesmente, a uma antipatia pessoal pela época.
Como lidar com as emoções no Natal?
Conforme a psicóloga Carolina Lozano Fernández, pessoas que enfrentam dificuldades em lidar com o Natal costumam ter uma visão polarizada da realidade, enxergando as situações extremamente, como “preto ou branco”.
Essa percepção pode desencadear emoções negativas, como frustração, tristeza e apatia, muitas vezes resultando em quadros de estresse durante o período natalino.
A especialista ressalta que o Natal não desperta os mesmos sentimentos em todas as pessoas. Para ela, compreender as razões por trás do desconforto ou rejeição à data é essencial para promover empatia e respeito. “Cada indivíduo tem sua própria forma de encarar essa época do ano, e isso deve ser acolhido, não julgado”, explica.