Segunda maior cidade do estado consegue agrupar cidades de, pelo menos, quatro regiões diferentes Centro de Feira de Santana
Reprodução/TV Subaé
O g1 Feira de Santana e região estreia nesta terça-feira (17), com as principais notícias de 54 cidades baianas que fazem parte da área de cobertura da TV Subaé, afiliada da Rede Bahia de televisão. O site levará ao público o noticiário do dia a dia e também conteúdos especiais com a credibilidade do g1, referência em jornalismo digital no Brasil.
A escolha de Feira de Santana e região para implantação do g1 no interior baiano não foi à toa. Além da “Princesa do Sertão” ser o segundo maior município do estado, trata-se de um mercado amplo, diverso, onde o g1 Bahia tem uma audiência consolidada. Depois de Salvador, o maior número de acessos do site no estado é dos feirenses.
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A cidade tem destaque no âmbito estadual como principal ligação entre a capital baiana e o interior, através da BR-324. Mais do que isso, Feira de Santana possui o maior entroncamento rodoviário do norte e nordeste brasileiro: é cortada por seis rodovias, das quais três são federais (BR-324, BR-101, BR-116) e três estaduais (BA-052, BA-502 e BA-503).
A posição geográfica permite que a segunda maior cidade da Bahia estabeleça relações com diversos municípios do estado, em diferentes setores. A Universidade Estadual de Feira de Santana e o campus da Universidade Federal do Recôncavo Baiano, por exemplo, atraem estudantes, pesquisadores e professores de várias partes do país para o município. Além disso, há faculdades particulares.
Entre Feira de Santana e a cidade vizinha, São Gonçalo dos Campos, está o Centro Industrial do Subaé (CIS), considerado um dos três maiores centros industriais da Bahia, atrás apenas do Polo de Camaçari e o Centro Industrial de Aratu. A autarquia do governo estadual foi criada há mais de quatro décadas e reúne empresas de médio e grande porte, incluindo multinacionais. São cerca de 170 empreendimentos, que empregam 20.000 pessoas.
São Gonçalo dos Campos
Reprodução/TV Subaé
Também em Feira de Santana estão o Hospital Geral Clériston Andrade, maior unidade pública de saúde do interior baiano, e o Hospital Estadual da Criança, que também presta atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS). Juntos, eles atendem moradores de mais de 100 cidades.
Ainda no âmbito da saúde, em cidades da região de Feira estão outras duas grandes unidades públicas: o Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus e o Hospital Dantas Bião, em Alagoinhas.
Também na área de Feira de Santana estão as principais produtoras de sisal da Bahia, estado que lidera o cultivo da fibra no âmbito nacional. De locais como Valente (que sedia uma associação que reúne produtores de 20 cidades), Conceição do Coité (onde estão as principais máquinas batedeiras, atualmente) e Santaluz (pioneira no plantio no território baiano), sai o ouro verde do sertão para todo o mundo.
Conceição do Coité
Reprodução/TV Subaé
Feira livre foi a primeira relação comercial com outras cidades
Conhecida como o Portal do Sertão, Feira de Santana é o ponto de encontro entre o Recôncavo (Leste e Sul), região do médio Paraguaçu (Oeste e Sudoeste), região do Nordeste baiano (Leste e Nordeste), região do Litoral Norte e região Sisaleira (Norte e Noroeste).
E é através da atividade comercial que todas essas cidades se entrelaçam e mostram porque “todos os caminhos passam em Feira de Santana”, como diz o ilustre poeta, músico e cantor da terra, Carlos Pitta. E essa coexistência começou há bastante tempo, entre os anos 40 e 50.
Com o desenvolvimento das rodovias, nesse período, as feiras livres passaram a ter um processo de intercomunicação mais forte, é o que explica o historiador e professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Clóvis Ramaiana.
“Todas essas cidades têm uma relação econômica com Feira de Santana porque sempre giravam em volta da feira livre de Feira, com a farinha que vinha de Santo Antônio de Jesus, as laranjas vindas de Alagoinhas e os artigos de couro vindos de Ipirá, por exemplo.”
Ainda de acordo com o historiador, a construção da Escola Normal (1926), do Ginásio de Santanópolis (1933), da Faculdade de Educação (1960) e, posteriormente, da Universidade Estadual de Feira de Santana (1970) também tornam Feira de Santana um centro de referência para quem precisava estudar e não tinha como ir para Salvador.
“Além disso, a oferta de serviços médicos e de advogados, por exemplo, principalmente, a partir dos anos 50, também atraem pessoas de cidades da região”, complementa.
Em 2011, houve também a criação da Região Metropolitana de Feira de Santana (RMFS), a partir da lei complementar de nº 35 em julho de 2011, sancionada pelo então governador Jaques Wagner, com o objetivo de promover o desenvolvimento socioeconômico dos municípios que a integram.
A RMFS é composta por Amélia Rodrigues, Conceição da Feira, Conceição do Jacuípe, São Gonçalo dos Campos e Tanquinho e inclui como Área de Expansão as cidades Anguera, Antônio Cardoso, Candeal, Coração de Maria, Ipecaetá, Irará, Santa Bárbara, Santanópolis, Serra Preta e Riachão do Jacuípe.
Impacto do setor de serviços
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até 2021, Feira de Santana tinha o terceiro maior Produto Interno Bruto do estado (R$17,282 bi), ficando atrás apenas de Salvador (R$ 62,954 bi) e Camaçari (R$ 33,972 bi).
Os serviços são a principal atividade econômica da cidade, responsáveis por 60% (R$ 8,586 bi) do PIB. Na lista, integram ainda a indústria com 25,9% (R$ 3,702 bi), 13,5% vem da administração pública (R$ 1,931 bi) e 0,6% vem da agropecuária (R$ 85,5 mi).
De acordo com a supervisora do IBGE na Bahia, Mariana Viveiros, estar entre importantes eixos rodoviários e próximo a capital baiana são fatores que favorecem o desenvolvimento do setor de serviços em Feira de Santana.
A supervisora do IBGE na Bahia explica também que, por ser um grande centro de serviços e ter uma indústria importante, além de estar localizada numa área com facilidade de transporte e logística, Feira de Santana tem uma série de fatores que a tornam um polo central econômico no estado da Bahia e isso reflete nas cidades do entorno.
“Todas as atividades econômicas do polo acabam, de alguma forma, tendo algum nível de influência no desenvolvimento de cidades que estão muito próximas e têm relações constantes com Feira de Santana”, pontua.
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