Acompanhe as chances de indicações nas categorias de melhor atriz, melhor roteiro adaptado e melhor filme internacional, de acordo com rankings de veículos especializados dos EUA. OPela primeira vez em 20 anos, o Brasil tem chances claras e inequívocas de conseguir ao menos uma indicação ao Oscar, com “Ainda estou aqui”.
A produção dirigida por Walter Salles é presença praticamente garantida entre os melhores filmes internacionais — categoria da qual o país esteve ausente desde “Central Brasil” (1998), também do cineasta.
Mas há quem diga também que a adaptação do livro de Marcelo Rubens Paiva ainda pode ser lembrada como melhor roteiro adaptado (depois de ganhar o prêmio no Festival de Cannes) e como melhor atriz (Fernanda Torres foi indicada entre os dramas do Globo de Ouro).
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Qualquer tentativa de prever como escolherão os membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas americana é puro achismo. O que não significa que não se pode tentar.
Por isso, o g1 montou os gráficos abaixo, que vão acompanhar cinco dos principais rankings de prováveis indicados ao Oscar 2025 e tirar uma espécie de média entre eles para determinar o possível destino de “Ainda estou aqui” e seus principais concorrentes.
Para tanto, foram considerados apenas veículos especializados de Hollywood que elencavam suas opiniões para cada uma das três categorias. São eles:
“Variety”
“The Hollywood Reporter”
Next Best Picture
Gold Derby (o único que não palpita sobre filme internacional)
Awards Watch
Os gráficos vão ser atualizados toda segunda-feira até o anúncio dos indicados no dia 17 de janeiro (e também um dia antes). Veja abaixo:
Dia 16 de dezembro: A categoria de melhor filme internacional tem boas e más notícias. A boa é que absolutamente todos os cinco rankings concordam que “Ainda estou aqui” não fica de fora das indicações.
Por outro lado, o quinteto também é unânime no favoritismo do francês “Emilia Pérez” para levar a estatueta para casa. O vencedor do prêmio do júri no Festival de Cannes também é um dos mais prováveis indicados na categoria principal — o que dificulta a missão de “Ainda estou aqui”.
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Dia 16 de dezembro: Em campanha franca para promover o filme entre os membros votantes da Academia, Fernanda Torres ainda é considerada pela maioria como uma possível zebra para uma das cinco indicações.
A exceção é a revista “Variety”, única a apontar a brasileira como uma candidata real, na quarta posição.
Uma análise entre as cinco listas, no entanto, demonstra o franco favoritismo de Mikey Madison (“Anora”) na categoria. Ela lidera as chances para três — e “Variety” (Cynthia Erivo) e “Hollywood Reporter” (Angelina Jolie) discordam da possível vencedora, mas colocam a jovem no segundo lugar.
Dia 16 de dezembro: A missão mais complicada para “Ainda estou aqui” está na categoria de roteiro adaptado. Irônico, considerando que Murilo Hauser e Heitor Lorega ganharam o prêmio de roteiro no Festival de Cannes.
Por ora, o filme é um dos grandes azarões. Apenas “Variety” e Gold Derby o consideram entre seus dez favoritos.
Em contraste, todos concordam que “Conclave” é a força a ser batida na categoria. O filme sobre a escolha de um novo papa, estrelado por Ralph Fiennes, é um dos favoritos também na categoria principal.