Marcos Vinicius Cavalcanti Pereira, é investigado por ter ligação com Roberto Marques Trovão Lafaeff, preso em setembro. Preso na manhã desta segunda-feira (16), na segunda fase da Operação Carcará, o gestor da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Valinhos (SP), Marcos Vinicius Cavalcanti Pereira, é suspeito de ter ligação com um dos integrantes da organização criminosa investigada por praticar roubos a carros-fortes no estado de São Paulo.
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De acordo com a Polícia Civil, ele teria tentado ajudar Roberto Marques Trovão Lafaeff a receber atendimento médicos utilizando documentos falsos.
Lafaeff está preso desde o dia 10 de setembro, suspeito de fazer parte da quadrilha. Ele deu entrada na UPA um dia após a tentativa de assalto a um veículo de transporte valores na Rodovia Cândido Portinari (SP-334), que liga Batatais (SP) a Restinga (SP) com um ferimento no pé causado por tiro de fuzil. (veja mais abaixo)
“Sem dúvida alguma, o Marcos Vinicius foi uma peça importante nessa tentativa de atendimento ao Roberto com documentos falsos. O que a gente percebeu é que é um cara que tinha vínculo com a Secretaria de Saúde lá e conhecia médicos, e acabou, felizmente, não dando certo essa tentativa”, disse o delegado Gabriel Fernando, um dos responsáveis pelo caso.
Roberto Marques Trovão Lafaeff, de 36 anos, está preso por suspeita de envolvimento no ataque ao carro-forte na região de Franca, SP
Arquivo pessoal
Segundo o delegado, ainda não está clara, no entanto, a real ligação entre Marcos Vinicius e Roberto.
“Esse fato, especificamente, a gente não conseguiu desvendar, mas tinha vínculo, sim, com o Roberto. Pode ser por dívida, por favores ou até amizade”.
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O g1 entrou em contato com a Santa Casa e com a Prefeitura de Valinhos, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. A defesa do gestor também foi procurada.
Além de Marcos Vinicius, outras duas pessoas foram presas em Ribeirão Preto (SP) e Serra Azul (SP), também suspeitas de envolvimento com a quadrilha. Foram cumpridos 15 mandados de prisão temporária e 48 mandados de busca e apreensão em 17 cidades do estado.
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Polícia Civil
Médicos desconfiaram de explicação para ferimento
Roberto Marques Trovão Lafaeff foi preso logo após dar entrada na UPA de Valinhos no dia 10 de setembro, alegando que havia caído sobre um vergalhão enquanto trabalhava em uma obra. O caso aconteceu um dia após uma tentativa de roubo a um carro-forte na região de Franca (SP). (veja mais abaixo)
O médico responsável pelo atendimento desconfiou da versão de Lafaeff, porque o ferimento era similar ao causado por munição de fuzil, e chamou a polícia.
O suspeito chegou a ser transferido para a Santa Casa de Valinhos, onde ficou internado. Ele recebeu alta médica um dia depois e foi encaminhado à Franca, onde foi preso.
Em depoimento à polícia, Lafaeff preferiu ficar em silêncio. Em outubro, a defesa do suspeito chegou a entrar na Justiça com um pedido de prisão domiciliar, que foi negado.
Ferimento no pé de suspeito de participar do ataque a carro-forte na região de Franca
Reprodução/EPTV
Ataque a carro-forte e perseguição
A tentativa de assalto a um carro-forte da Protege, empresa especializada em logística de valores, ocorreu na noite de 9 de setembro, e chamou a atenção da polícia por conta do armamento utilizado pelos criminosos.
A ação teve a participação de pelo menos 16 criminosos, que abordaram o veículo em posse de uma carga intensa de explosivos e fuzis capazes de “rasgar vidros blindados”, de acordo com o delegado Gabriel Fernando.
A empresa não divulgou a quantia que o veículo transportava, mas informou que os suspeitos não conseguiram levar nada, uma vez que o dinheiro pegou fogo quando eles tentaram abrir o cofre.
Ataque a carro-forte deixa feridos em Restinga, SP
Os suspeitos foram perseguidos em pelo menos três rodovias que cortam a região. Houve troca de tiros e cinco pessoas ficaram feridas: três funcionários da Protege, um policial do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) e um funcionário de uma usina a bordo de uma caminhonete que passava por uma estrada no mesmo momento que os criminosos.
Em 11 de setembro, dois dias depois, uma troca de tiros durante uma perseguição deixou o policial militar Márcio Ribeiro e outros três criminosos mortos na Rodovia Joaquim Ferreira (SP-338), próximo ao trevo que liga Cajuru (SP) a Altinópolis (SP).
Com os criminosos, foram apreendidos quatro fuzis, coletes balísticos e munição. Um dos fugitivos mortos usava roupa camuflada, colete à prova de balas e capacete.
No fim de setembro, morreu o caminhoneiro Lenilson da Silva Pereira, baleado na cabeça durante o confronto. Ele ficou internado na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas (HC-UE) por 20 dias.
Polícia Militar fecha rodovia entre Cajuru e Altinópolis, SP, após confronto com criminosos
Cacá Trovó/EPTV
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