• New Page 1

    RSSFacebookYouTubeInstagramTwitterYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTube  

Sete policiais são presos em operação por extorquir dinheiro de ambulantes no Centro de SP

Operação contou com integração das polícias militar e civil em conjunto com o MP-SPReprodução/Governo de São Paulo

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e as corregedorias da Polícia Militar e da Polícia Civil realizam na manhã desta segunda-feira (16) uma operação contra policiais acusados de extorquir dinheiro de ambulantes estrangeiros da região do Brás, no Centro de São Paulo. Foram presos seis policiais militares e um policial civil.

A operação, batizada de Aurora, cumpre 15 mandados de prisão preventiva contra os agentes e 20 de busca e apreensão, que incluem cinco pessoas jurídicas e 15 pessoas físicas. Até o início da manhã, sete policiais já tinham sido presos.

Durante as prisões, foram encontradas grandes quantidades de dinheiros em posse dos investigados. Segundo o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), oito empresas e 21 pessoas tiveram sigilos bancário e fiscal quebrados.

Os promotores afirmam que o grupo agia como milícia, usando o cargo e viaturas oficiais da corporação para extorquir dinheiro dos comerciantes.

Investigação a partir de denúncia

A operação se originou em uma investigação do Gaeco, que recebeu da Corregedoria da PM ofício informando que agentes da Secretaria da Segurança Pública (SSP) vinham exigindo e recebendo pagamentos periódicos para permitir a atividade das vítimas na região, conhecida pelo comércio popular.

De acordo com a investigação dos promotores, vários vendedores são imigrantes de países da América do Sul e não possuem acesso a linhas de crédito, se vendo obrigados a procurar agiotas para obter dinheiro e repassar propina aos policiais.

Uma das testemunhas protegidas ouvidas pelo Gaeco relatou que trabalha nas imediações da rua Tiers há seis anos e, recentemente, um grupo de pessoas passou a exigir o pagamento de luvas no valor de R$ 15 mil por ano e mais R$ 300 por semana para autorizar sua permanência na região.

Os promotores também descobriram que uma escrivã da Polícia Civil, que tem ou teve um relacionamento com um sargento da PM, foi flagrada ao lado de outras pessoas intimidando comerciantes.

Os agiotas usavam os serviços dos mesmos policiais militares para cobrar, de forma violenta, os inadimplentes. Entre os demais alvos da operação, estão policiais tanto da ativa quanto reformados.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.