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4G tem mais de 5 vezes o número de usuários do 5G; veja situação no seu estado


Segundo dados da Anatel de outubro de 2024, 4G tem 190 milhões de acessos por mês, e 2G ainda tem mais acessos que 3G. Operadoras têm até o final de 2029 para levar 5G para todo o Brasil. Com velocidade superior e menos latência que o 4G, o 5G deve permitir avanços em áreas como telemedicina e transporte.
Reprodução/Tânia Rêgo/Agência Brasil
O 5G é a tecnologia móvel mais moderna atualmente, mas ainda não é a mais acessada. Segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o 4G tinha em outubro 5 vezes mais o número de usuários do que o 5G.
São quase 190 milhões de acessos ao 4G, que representa 71,7% do total de acessos no país, contra 37 milhões do 5G, que equivale a 13,9% do total.
Os dados também apontam para outra surpresa, mas entre as tecnologias móveis mais antigas: o 2G ainda tem mais usuários do que o 3G, que aparece na última posição.
Em outubro, foram 19 milhões de acessos ao 2G (7,5% do total), enquanto o 3G teve 17 milhões (6,7%). Vale lembrar que a Anatel vai deixar de certificar novos celulares com tecnologia inferior ao 4G a partir de 2025. Confira abaixo quanto cada geração de internet representa no total de acessos no seu estado.
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O 4G começou a ser liberado no Brasil em 2012. Já o 5G entrou em operação no país em 2022, e as operadoras têm até o final de 2029 para levar a tecnologia para todo o país.
“Se levarmos em consideração a adoção, podemos afirmar que o 5G teve uma curva de uso pelo mercado mais acentuada que o 4G”, avalia Wilson Cardoso, membro do Instituto dos Engenheiros Elétricos e Eletrônicos (IEEE) e diretor do Grupo Setorial de Telecomunicações da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).
Ele destaca ainda o crescente uso do 5G em redes privativas usadas em áreas como indústria e portos. “Temos que lembrar que o 5G do Brasil foi pensado desde o começo em seu edital de frequências da Anatel para o uso com máquinas”, afirma.
E por que o 2G tem mais acessos que o 3G? Porque, além dos celulares, aparelhos como maquininhas de cartão de crédito e rastreadores veiculares ainda dependem do 2G para funcionar, explica Cardoso.
Diferenças entre 4G e 5G
O 4G tem velocidade média de 28,9 megabits por segundo (Mbps), enquanto o 5G tem 360,1 Mbps, segundo dados de abril de 2024 da Opensignal. Mas a nova geração de rede pode alcançar até 10 gigabits por segundo (Gbps).
A principal faixa usada pelo 5G é a de 3,5 gigahertz (as outras são 700 MHz, 2,3 GHz e 26 GHz). Ela era ocupada por serviços de satélites e radiodifusão, como as antenas parabólicas, que passaram agora a operar em outras faixas.
Sem essas interferências, a faixa fica livre para o 5G standalone (também chamado de 5G puro), que oferece uma conexão mais estável e poderá contribuir para avanços em áreas como transporte, com carros autônomos.
A telemedicina também poderá ser estimulada com cirurgias à distância. Em julho de 2024, aconteceu a primeira telecirurgia robótica transcontinental do mundo entre um hospital em Roma, na Itália, e outro em Pequim, na China. Ela foi realizada graças ao 5G.
A expectativa de que isso se torne comum existe porque, além de ser mais rápido, o 5G puro diminui a latência (o tempo de resposta entre um aparelho e servidores de internet) e pode operar com mais dispositivos ao mesmo tempo.
O 4G, por sua vez, representou um avanço por conta de sua velocidade, o que permitiu a criação de aplicativos populares.
“Não tínhamos Uber no 3G porque não são as características que o Uber pede, de localização, de velocidade, não estavam disponíveis. Essas aplicações surgiram com as redes 4G espalhadas”, afirmou Cardoso, em entrevista ao g1, em 2021.
Infográfico mostra vantagens do 5G em relação ao 4G.
Wagner Magalhães/Arte G1
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