Pelas redes sociais, as duas mães trocaram declarações aos filhos em diversas fotos publicadas. Exame de DNA confirmou que os bebês foram trocados. Da esquerda para a direita: Yasmin da Silva, Guilherme de Souza, Cláudio Alves e Isamara Mendanha
Reprodução/Redes sociais
As famílias das duas crianças trocadas em um hospital fizeram o primeiro passeio juntas. Ao g1, Yasmin da Silva, mãe de uma das crianças, contou que foram ver a decoração do Natal do Bem, em Goiânia. Os bebês foram trocados no Hospital da Mulher, em Inhumas, na Região Metropolitana de Goiânia.
“Para mim foi um dos momentos mais importante da minha vida. Com meus dois filhos, que são a razão da minha vida”, disse Yasmin da Silva.
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As famílias fizeram o passeio no sábado (14). Em uma das fotos publicadas, aparecem os pais dos meninos: Yasmin da Silva e Cláudio Alves, Isamara Mendanha e Guilherme Souza. Com eles estavam os dois meninos e o filho mais velho de Isamara.
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Pelas redes sociais, as duas mães trocaram declarações aos filhos em diversas fotos publicadas. “Meus filhos”, escreveu Yasmin em uma foto com os dois meninos. “Meus meninos”, escreveu Isamara em uma foto em que aparece com os dois meninos trocados e o filho mais velho.
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Quando prestou depoimento à Polícia Civil, Yasmin da Silva afirmou acreditar que uma “destroca” não é mais viável após três anos de convivência. Segundo ela, a solução seria a convivência entre as duas famílias.
“Foi muito tempo, muito cuidado, amamentando meu filho, que mama até hoje. O que queremos é conviver como uma grande família com os nossos filhos biológicos”, declarou Yasmin.
A Polícia Civil terminou de ouvir os pais dos bebês que foram trocados. Isamara Cristina Mendanha e Guilherme Luiz de Souza foram os últimos a serem ouvidos, na quarta-feira (11).
Yasmin da Silva e Cláudio Alves prestaram depoimento na terça-feira (10). Na segunda-feira (9), a mãe de Yasmin, Silvânia Hilário, a mãe de Isamara Mendanha, Isabel Flores, e o advogado Márcio Rocha também foram ouvidos.
Exame de DNA
Um exame de DNA, divulgado na sexta-feira (13), confirmou que os bebês foram trocados. De acordo com a nota emitida pelos advogados das famílias, o resultado apontou que, de fato, o filho de Isamara Mendanha e Guilherme Luiz de Souza foi trocado com o filho de Yasmin da Silva e Cláudio Alves.
“Recepcionamos na data de hoje 13/12/2024, o resultado do Exame de DNA requerido pelo Delegado de Polícia responsável pelo inquérito sobre a troca de Bebes em Inhumas, o resultado foi conclusivo atestando o que se esperava”, diz a nota.
O exame que comprovou a troca das crianças foi solicitado pela Polícia Civil, que investiga o caso. Anteriormente, as famílias já tinham solicitado à Justiça um pedido de exame para comprovar o caso.
Entenda o caso
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Os bebês nasceram no dia 15 de outubro de 2021, um às 7h35 e o outro às 7h49, conforme relataram as famílias. Os partos foram realizados por equipes médicas distintas. Os pais afirmaram que não puderam acompanhar o nascimento dos filhos devido às restrições impostas durante o período da pandemia de Covid-19.
A troca foi descoberta após um dos casais se separar, quando Cláudio Alves solicitou um exame de DNA para comprovar a paternidade do filho. A ex-mulher, Yasmin Kessia da Silva, de 22 anos, também quis fazer o exame. “Se ele não fosse filho do Cláudio, também não era meu”, disse.
O exame foi realizado no dia 31 de outubro de 2024, e o laboratório pediu uma contraprova, que indicou que a criança não era filha de Yasmin nem de Cláudio.
“Eles disseram que o sangue do meu filho não era compatível com o meu. Eu pensei que era um erro. Mas veio a contraprova”, disse Yasmin.
A jovem se lembrou da família que estava no mesmo dia do nascimento do filho e conseguiu contato com eles por meio de um pastor. Após entrar em contato e contar o que aconteceu, Isamara Mendanha e Guilherme de Souza também fizeram o exame de DNA com o filho, que apresentou resultado incompatível.
As famílias disseram que as mães não tiveram nenhum acompanhamento durante o parto. Elas só se lembram de ter visto os filhos no quarto depois que passou o efeito da anestesia.
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Reprodução/Arquivo Pessoal
Yasmin disse que passou mal durante o parto e não se lembra do que aconteceu na sala de recuperação. “Eu acordei e o bebê já estava ao meu lado, minha mãe estava dentro do quarto. Eu me lembro de relances”, contou.
Já Isamara disse que chegou ao quarto antes do bebê, que foi levado até ela logo em seguida. “Eu levei a primeira roupinha do meu primeiro filho para colocar no segundo. E para mim, veio tudo certo [a roupinha do bebê]”, contou.
O marido de Isamara afirmou que sente que faltou cuidado e respeito com as famílias por parte do hospital.
“É um pesadelo. Eu acho que ninguém deveria passar por isso. Esse é um erro que os profissionais da saúde jamais deveriam cometer”, afirmou Guilherme.
Nota na íntegra do Hospital da Mulher:
“No momento o hospital não irá se pronunciar até que as investigações sejam concluídas. Como o caso está sob investigação policial e tramita em sigilo por envolver menores de idade, o hospital está legalmente impedido de fornecer informações acerca do caso à imprensa, em obediência à Lei Geral de Proteção de Dados”.
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