Famílias que viviam na região foram retiradas do local para as obras do VLT, que foram interrompidas em 2014. Atualmente, o local está abandonado. Casarões no Centro Histórico de Cuiabá
Helena Curozomaé/g1
Depois de 11 anos de disputa, a Justiça de Mato Grosso determinou o pagamento de R$ 364 mil em indenização para uma das famílias que tiveram o imóvel desapropriado na região do Centro Histórico de Cuiabá, para a construção de uma estação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), em 2013.
A decisão foi assinada pelo juiz da 5ª Vara Especializada da Fazenda Pública de Cuiabá, Roberto Teixeira Seror, no dia 5 de dezembro. Com o pagamento, o estado assume a posse definitiva do imóvel.
Na época, cerca de 12 famílias foram retiradas do local, quando começou o processo de desapropriação da área. Algumas aceitaram a oferta do estado, mas outras entraram na Justiça para discutir o valor a ser recebido pelo terreno e pela casa.
Em dezembro de 2014, as obras do VLT foram interrompidas. Já em 2018, o Governo do Estado rompeu o contrato com o consórcio e decidiu substituir o modal pelo Ônibus de Trânsito Rápido (BRT).
O que será feito
Atualmente, o local desapropriado está abandonado. De acordo com a Secretaria Estadual de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso (Sinfra), será construído o Largo do Rosário. O projeto prevê a criação de uma praça e uma alteração no trânsito da região.
Conforme o novo projeto espaço ficará junto à Igreja de Nossa Senhora do Rosário e de São Benedito, enquanto as duas pistas da Avenida Coronel Escolástico ficarão juntas, entre o Largo e o Morro da Luz.
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VLT substituído por BRT
Transportes foram vendidos por R$ 793,7 milhões
O VLT foi projetado para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil e foi marcado pela corrupção e entraves judiciais. A obra previa 22 quilômetros de extensão entre Cuiabá e Várzea Grande, região metropolitana da capital.
Em dezembro de 2014, as obras foram interrompidas. Em 2018, o governo do estado rompeu o contrato com o consórcio VLT e, depois, decidiu substituir o modal pelo Ônibus de Trânsito Rápido (BRT).
Já em dezembro de 2022, o governo começou a retirar as estruturas que serviriam de suporte para o VLT em Várzea Grande.
Em junho deste ano, os vagões do VLT de Mato Grosso foram vendidos por R$ 793,7 milhões para o estado da Bahia, que serão pagos em quatro parcelas anuais.
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