Homem foi encontrado no município de Santarém, no Pará, na quarta-feira (11) e vai responder por falsa comunicação falsa de crime. Segundo polícia, ainda não é possível afirmar o que motivou a farsa. Delegado Danniel Antony, adjunto da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), esclarece falso desaparecimento.
Divulgação/PC-AM
O motorista por aplicativo Maxwell da Costa Barroso, de 35 anos, que estava desaparecido desde o dia 3 de dezembro, forjou o próprio sequestro em Manaus, afirmou a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM). O homem foi encontrado no município de Santarém, no Pará, na quarta-feira (11) e vai responder por falsa comunicação falsa de crime.
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As informações foram divulgadas em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (12). De acordo com o delegado Danniel Antony, adjunto da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), ainda não é possível afirmar o que motivou o homem a forjar o próprio desaparecimento. A polícia investiga se houve colaboração de terceiros para a construção da farsa.
“Na tarde de ontem, descobrimos que Maxwell está vivo e em outro estado, não tendo sido vítima de qualquer crime”, informou a autoridade policial.
O veículo de Maxwell foi encontrado abandonado no quilômetro 36 da rodovia AM-010, no dia 4 deste mês. Buscas foram realizadas na região pelas autoridades e por grupos de motoristas por aplicativo.
“Durante uma semana, as equipes realizaram diligências para solucionar o caso que, à primeira vista, sugeria um crime. Ele ainda não foi ouvido. Vamos realizar as notificações necessárias para esclarecer de fato o que aconteceu”, afirmou Antony.
Não há previsão para a chegada do homem ao Amazonas, nem data marcada para o depoimento. O caso será encaminhado à delegacia da área, e Maxwell responderá pelo crime de comunicação falsa de crime.
Três falsos desaparecimentos foram registrados em duas semanas
O delegado alertou a população sobre os prejuízos causados pela falsa comunicação de crimes. Em menos de duas semanas, a DEHS registrou três casos de falsos sequestros e desaparecimentos. Esses atos mobilizam órgãos públicos para investigar crimes inexistentes, comprometendo recursos que poderiam ser usados em investigações de crimes reais.
“Descobrimos que o caso do motorista de aplicativo foi forjado. Decidimos trazer isso a público para conscientizar a população de que o monopólio estatal da justiça e do uso da força pertence ao Estado. Quem se sobrepõe a isso, seja praticando justiça com as próprias mãos ou encenando crimes, comete infrações graves que prejudicam a sociedade e mobilizam recursos desnecessariamente”, salientou o delegado.