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França e Polônia alertam sobre possíveis ‘concessões’ em detrimento da Ucrânia

O presidente francês, Emmanuel Macron (esq.), e o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, em uma coletiva de imprensa conjunta em 12 de dezembro de 2024 em VarsóviaWojtek Radwanski

Wojtek RADWANSKI

O presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, reiteraram em Varsóvia, nesta quinta-feira (12), que a paz na Ucrânia não pode ser alcançada em detrimento de Kiev e discutiram o possível envio de tropas europeias.

“Ninguém pode falar pelos ucranianos em seu nome sobre fazer concessões […] São os ucranianos que têm que fazer isso”, disse Macron em comentários conjuntos.

Com o retorno de Donald Trump à Casa Branca em 20 de janeiro, os aliados europeus da Ucrânia temem que os EUA retirem seu apoio ou pressionem por um acordo que prejudique Kiev.

O presidente eleito dos EUA defende um “cessar-fogo imediato” e negociações para encerrar o conflito.

“Temos que trabalhar em estreita colaboração com os americanos e, obviamente, com a Ucrânia para encontrar um caminho possível que leve em conta os interesses da Ucrânia, sua soberania e os interesses dos europeus e sua segurança”, insistiu.

O primeiro-ministro polonês também enfatizou que quaisquer “propostas” sobre a questão devem ser “aceitas” por Kiev.

Tusk confirmou que havia discutido com Macron a possibilidade de enviar tropas para a Ucrânia, mas garantiu que, “no momento”, Varsóvia “não prevê tais intervenções”.

Essas tropas poderiam constituir uma espécie de força de paz para preservar a soberania da Ucrânia, no âmbito de um eventual acordo entre Trump e o presidente russo, Vladimir Putin.

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