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Renova a pele? Entenda os benefícios do colágeno como suplemento

Diariamente, as academias de todo Brasil recebem pessoas com o intuito de ganho de massa muscular, bem-estar e emagrecimento. Aliado a esses objetivos, os suplementos prometem contribuir em mudanças no corpo. Entre eles, um se consolidou, sobretudo para quem já passou dos 40, o colágeno.
Colágeno é a proteína mais abundante do organismo, formada por diversos aminoácidos. Apesar de ser produzida pelo corpo, com o avançar dos anos, ocorre a degradação natural e progressiva da substância.
Ele é uma proteína estrutural fundamental para o corpo humano, sendo o componente principal da pele, ossos, tendões, ligamentos e cartilagem.
O colágeno também é importante para dar estrutura e firmeza aos ossos, mantendo-os fortes. No entanto, com o envelhecimento, a quantidade diminui, deixando-os mais frágeis e menos densos, o que aumenta o risco de fraturas nos idosos.
No entanto, esse suplemento se popularizou por seu suposto potencial de rejuvenescimento, sobretudo por benefícios à pele. No entanto, especialistas alertam para possíveis distorções quanto à verdadeira função de cada tipo de colágeno no corpo humano.
De acordo com pesquisas sobre o colágeno, os benefícios da suplementação oral para a pele mostram resultados limitados. Eles se restringem a uma discreta melhora na hidratação e elasticidade da pele, porém essa proteína pode ser encontrada em alguns alimentos.
Entre eles, estão carne, peixes, frutas, sementes, gelatinas, ovo e derivados do leite. Tudo isso associado a uma alimentação nutritiva, rica em vitamina C, minerais como zinco, ferro, silício e selênio. Além disso, a inserção de hábitos saudáveis ao longo do dia.
Diante disso, ele não pode ser consumido como suplemento proteico. Contudo, se enriquecido com aminoácidos, pode se transformar em uma boa opção para os outros tipos de proteínas.
Existem três tipos de colágeno. O hidrolisado geralmente presente na pele, tendões e ossos é vendido por seus supostos benefícios para a firmeza e elasticidade. Ele, contudo, pode conter uma mistura de tipos e pode variar de acordo com a necessidade individual.
O colágeno não-hidrolisado está presente predominantemente na cartilagem. Esse, portanto, é mais utilizado para o bom funcionamento das articulações, combinado com o ácido hialurônico.
Já o colágeno enriquecido ou body balance é encontrado normalmente na pele, músculo e órgãos internos. Normalmente, é comercializado pela indústria de alimentos como suplemento alimentar visando ganho de massa.
Popularmente, o colágeno é apresentado como uma fórmula mágica da juventude, mas o efeito da suplementação oral para a pele é muito limitado, segundo dermatologistas.
De acordo com Marcelle Nogueira, que é PhD em Envelhecimento pela USP, não há estudos de alto grau de evidência científica que mostram que o colágeno ingerido estimula a produção da proteína jovem na pele.
Quando o colágeno (suplemento) chega ao intestino, ele é quebrado em moléculas menores (aminoácidos). São eles que caem na corrente sanguínea do corpo humano, podendo se encaixar de maneiras diferentes e dar origens a várias substâncias (sem garantia de que chegarão à pele).
Para a dermatologista, a melhora no aspecto das rugas pode estar mais associada à hidratação da pele do que propriamente ao efeito mais profundo da suplementação na produção de colágeno novo.
Além disso, o colágeno não é uma proteína de alto valor biológico e não se mostra tão eficiente para atender a necessidade protéica do corpo, como o Whey.
O colágeno é uma proteína estrutural, com um perfil de aminoácidos diferente, considerada incompleta por não conter todos os aminoácidos essenciais para o organismo humano.
O whey, por sua vez, é uma proteína completa, considerada de alto valor biológico por conter todos os aminoácidos que o corpo humano não é capaz de produzir.
Para Patrícia Campos Ferraz, nutricionista e PhD em Bioquímica pela Unicamp, o colágeno tem carência de alguns aminoácidos essenciais e excesso de outros que não são tão essenciais, mas que são importantes para as articulações.
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