Além da ferrovia, centenas de manifestantes também bloquearam a estrada das Três Voltas, que dá acesso a fazendas e a outras comunidades da zona rural do município. Manifestantes ocupam Estrada de Ferro Carajás há dois dias
reprodução / MST / Brasil de Fato
Trabalhadores rurais do Movimento Sem Terra (MST) estão há dois dias interditando a Estrada de Ferro de Carajás, em Parauapebas, no sudeste do Pará.
Além da ferrovia, centenas de manifestantes também bloquearam a estrada das Três Voltas, que dá acesso a fazendas e a outras comunidades da zona rural do município. A manifestação começou na terça-feira (3).
Com faixas e cartazes, os integrantes buscam chamar a atenção para uma reforma agrária popular. De acordo com os manifestantes, eles querem a participação ativa de comunidades de 11 cidades do entorno da estrada de ferro Carajás nas decisões acerca do acesso à terra — o que está, segundo eles, sendo negado.
A Polícia Militar (PM) esteve no local e, com agentes da escolta ambiental, responsáveis por fazer a segurança em áreas de preservação, montaram uma barreira próximo ao local do protesto na área da ferrovia.
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Além disso, motoristas e pessoas que precisam passar pelos trechos dos dois pontos bloqueados retornaram, já que a estrada estava com o tráfego bloqueado.
Os manifestantes afirmaram que o bloqueio da ferrovia e da estrada das Três Voltas deve continuar até que representantes do poder público e da mineradora Vale — que atua na região — se reúnam com a liderança do movimento.
Segundo a Vale, a interdição da estrada de ferro Carajás impacta diretamente mais de mil passageiros que viajam no trem no sentido Parauapebas – São Luís, no Maranhão.
O g1 solicitou posicionamento sobre as reivindicações do MST à Vale e ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
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