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Botafogo vence Atlético-MG por 3 a 1 e conquista a Libertadores pela primeira vez


Na final brasileira em Buenos Aires, o Botafogo jogou com um a menos desde os 29 segundos de bola rolando. Com gols de Luiz Henrique, Alex Telles e Junior Santos, o clube carioca se consagrou campeão continental. Botafogo vence Atlético-MG por 3 a 1 e conquista a Libertadores pela primeira vez
Reprodução/Jornal Nacional
Com um a menos, o time carioca o Atlético Mineiro por 3 a 1.
Buenos Aires se coloriu em duas cores: preto e branco por todo o Monumental de Nuñez.
Uma final brasileira, mas ao mesmo tempo, tão internacional que o tenista sérvio Novak Djokovic foi o convidado para entrar em campo com a taça – que 90 minutos depois seria erguida por Marlon Freitas, o capitão do novo campeão da América.
Com mais de 70 mil torcedores presentes, havia superioridade de botafoguenses nas arquibancadas. Mas, em campo, vantagem numérica do Atlético com 29 segundos de bola rolando
Depois de uma falta dura em Fausto Vera, o volante Gregore foi expulso. Uma foto mostra o lance em detalhe: as travas da chuteira na cabeça do jogador atleticano. Um lance que mexeu com a torcida botafoguense.
O Galo ensaiou uma pressão com chutes de Hulk e de Deyverson, que chamavam a torcida do Atlético para jogar junto.
Momentos de tensão, do medo de ver o sonho do título inédito escapar tão cedo. Só que o futebol é capaz de transformar desespero em alegria em instantes que marcam a vida do torcedor pra sempre.
Luiz Henrique fez grande jogada e, no rebote, abriu o placar. O atacante se agachou em campo para recuperar o fôlego, e começou a soltar um grito preso na garganta há muitos anos.
Apenas 5 minutos depois, uma indecisão entre Arana e Everson, Luiz Henrique foi decisivo outra vez. Ele foi derrubado pelo goleiro atleticana, num pênalti que o juiz argentino Facundo Tello marcou com a ajuda do árbitro de vídeo.
Alex Telles bateu forte, firme, para aumentar a vantagem do Botafogo – o primeiro gol do lateral-esquerdo com a camisa do clube. Choro de um lado. De outro, emoção à flor da pele.
Na volta do intervalo, um reinício não menos emocionante. Três substituições no Galo e uma das novidades, Vargas, de cabeça, diminuiu. Com só 1 minuto e meio do segundo tempo, o Atlético renovava a esperança.
Aos 7, Deyverson mergulhou para quase empatar. Aos 18, tentativa de Hulk, defesa de John. E só aos 37 uma nova finalização com Guilherme Arana, longe do gol.
Mas nenhuma chance levou tanto perigo quanto um lance de Vargas – ele parecia não acreditar na chance que perdeu. E depois de errar outra finalização, quem parecia não acreditar era o técnico do Atlético, o argentino Diego Milito.
Últimos minutos de pura agonia para um bravo Botafogo, que se segurou com um jogador a menos. Querendo que o tempo passasse logo, mas não sem antes explodir de vez, numa alegria sem fim: Junior Santos deixou dois jogadores pra trás e apareceu na área pra decidir.
Foi o décimo gol dele, o artilheiro do campeonato: o gol da libertação, o gol da Libertadores.
Um título inédito
Botafogo, gloriosamente eternizado na galeria de reis do continente, mantendo também uma hegemonia carioca na Libertadores da América. É o terceiro ano seguido de conquistar de clubes do Rio, depois de Flamengo, em 2022, e Fluminense, no ano passado.
Em 2024, é tempo de Botafogo. Do time de Artur Jorge, português que chegou em abril para conquistar o troféu mais importante da história alvinegra.
E a festa pode ser ainda mais completa neste fim de ano. Líder do Brasileirão, o Botafogo pode somar mais uma taça num ano que já é inesquecível.
“Quero agradecer muito ao Botafogo. Eu disse na minha primeira entrevista que o Botafogo precisa estar lá no topo porque é um clube que vem trabalhando muito”, diz Luiz Henrique.
“O Greg [Gregore] quando saiu expulso, eu falei pra ele: ‘nós vamos ganhar por você’. E o Marlon [Freitas] falou desde o início: ‘sempre foi no sacrifício, esse grupo sempre foi posto à prova’. Taí, somos campeões da Libertadores. O Botafogo é campeão da Libertadores”, comemora Alex Telles.
É tempo de brilho de uma estrela solitária apenas na camisa, porque quem tem milhões de corações apaixonados assim nunca está sozinho.
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