Chefe de Operações Terrestres, general Estevam Theophilo aceitou integrar golpe se Bolsonaro assinasse decreto, diz relatório. O relatório da Polícia Federal sobre a tentativa do golpe de Estado, tornado público nesta terça-feira (26) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, mostra que o então presidente Jair Bolsonaro tentou recorrer a instâncias inferiores das Forças Armadas para buscar respaldo para uma ruptura institucional.
No dia 7 de dezembro, segundo a PF, Bolsonaro se reuniu com o alto comando das Forças Armadas para apresentar a primeira versão de um decreto – um dos rascunhos que ficariam conhecidos como “minutas do golpe”.
Esse texto, de acordo com a PF, passou por ajustes do próprio presidente Jair Bolsonaro. O documento impedia a posse de Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin porque previa:
a decretação de um “estado de defesa” no Tribunal Superior Eleitoral;
e a criação da “Comissão de Regularidade Eleitoral” para apurar a “conformidade e legalidade do processo eleitoral”.
Segundo a investigação, o então comandante da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, se colocou à disposição para o golpe. Já os comandantes do Exército, general Freire Gomes, e da Aeronáutica, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, disseram que não adeririam a qualquer plano do tipo.
Foi diante dessa recusa dos comandantes que, de acordo com a PF, Bolsonaro decidiu se reunir dois dias depois com um militar de posto mais baixo: o comandante de Operações Terrestres do Exército, general Estevam Theophilo.
“Diante da recusa dos então comandantes do Exército e da Aeronáutica em aderirem ao intento golpista, o então presidente Jair, no dia 09 de dezembro de 2022, reuniu-se com o General Estevam Theophilo, comandante do Coter, que aceitou executar as ações a cargo do Exército e capitanear as tropas terrestres, caso o então presidente Jair Bolsonaro assinasse o Decreto”, diz a PF.
No dia 7 de dezembro, segundo a PF, Bolsonaro se reuniu com o alto comando das Forças Armadas para apresentar a primeira versão de um decreto – um dos rascunhos que ficariam conhecidos como “minutas do golpe”.
Esse texto, de acordo com a PF, passou por ajustes do próprio presidente Jair Bolsonaro. O documento impedia a posse de Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin porque previa:
a decretação de um “estado de defesa” no Tribunal Superior Eleitoral;
e a criação da “Comissão de Regularidade Eleitoral” para apurar a “conformidade e legalidade do processo eleitoral”.
Segundo a investigação, o então comandante da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, se colocou à disposição para o golpe. Já os comandantes do Exército, general Freire Gomes, e da Aeronáutica, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, disseram que não adeririam a qualquer plano do tipo.
Foi diante dessa recusa dos comandantes que, de acordo com a PF, Bolsonaro decidiu se reunir dois dias depois com um militar de posto mais baixo: o comandante de Operações Terrestres do Exército, general Estevam Theophilo.
“Diante da recusa dos então comandantes do Exército e da Aeronáutica em aderirem ao intento golpista, o então presidente Jair, no dia 09 de dezembro de 2022, reuniu-se com o General Estevam Theophilo, comandante do Coter, que aceitou executar as ações a cargo do Exército e capitanear as tropas terrestres, caso o então presidente Jair Bolsonaro assinasse o Decreto”, diz a PF.