O corredor elétrico catarinense será expandido para atingir a meta de 100 municípios com eletropostos, conforme o anúncio do Governo de Santa Catarina e da Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina) nesta terça-feira (26).
Governo anuncia investimento de mais de R$ 5 milhões para a expansão do corredor elétrico – Foto: Eduardo Valente/SECOM
Serão investidos R$ 5,3 milhões para a instalação de novas unidades de recarga. O objetivo é que todas as regiões do estado tenham infraestrutura confiável para a circulação de veículos híbridos e elétricos.
O corredor elétrico catarinense já é considerado um dos maiores do Brasil. A Celesc tem hoje 66 eletropostos em 35 cidades de todo o estado. Joinville, no Norte catarinense, ganhará uma estação ultrarrápida que pode carregar um carro em 15 minutos.
Desde setembro, os motoristas pagam pela recarga de veículos elétricos nas estações da Celesc – Foto: Divulgação/Celesc
“Temos caminhado juntos em direção a um estado mais sustentável. Essa nova fase do corredor elétrico catarinense é reflexo desse esforço coletivo”, destacou o governador Jorginho Mello durante o anúncio nesta terça-feira.
“Estou confiante de que sua expansão irá impulsionar ainda mais a circulação de veículos elétricos em Santa Catarina, promovendo um desenvolvimento econômico que respeita o nosso meio ambiente e a nossa qualidade de vida”, completou.
Santa Catarina se destaca como o terceiro estado com mais carros elétricos no Brasil. Segundo a Celesc, o uso dos eletropostos aumentou de 3.064 recargas em 2021 para 20.206 em 2023, o que representa um crescimento de quase 560%.
Celesc passa a cobrar recarga para financiar expansão do corredor elétrico
Em estações rápidas, a cobrança será de R$ 2,49/kWh + R$ 5,00 pela recarga de veículos elétricos – Foto: Divulgação/Celesc
Em setembro, a companhia de distribuição de energia começou a cobrar pela recarga de veículos elétricos em Santa Catarina, após quase dez anos de serviço gratuito.
A cobrança nos eletropostos visa garantir a manutenção e a expansão do corredor elétrico catarinense, com maior disponibilidade e confiabilidade dos eletropostos.
“A introdução das tarifas garantirá que os catarinenses possam contar com uma infraestrutura robusta e em constante crescimento”, explicou o presidente da Celesc, Tarcísio Rosa.
Confira as taxas atuais dos eletropostos:
- Estações Rápidas: R$ 2,49/kWh + R$ 5,00 (taxa de desbloqueio)
- Estações Semirrápidas: R$ 2,19/kWh + R$ 2,50 (taxa de desbloqueio)
Para carregar por completo um carro elétrico que consome em torno de 40 kWh, por exemplo, o custo em uma estação rápida é de aproximadamente R$ 104,60. Já em uma estação semirrápida, o valor é de R$ 89,10.
Santa Catarina tem a terceira maior frota de carros elétricos do país – Foto: Reprodução
O projeto “Eletroposto Celesc” foi criado em 2015 com o propósito de fomentar o mercado de veículos elétricos e estabelecer um corredor elétrico sustentável em Santa Catarina
A introdução das taxas de recarga marcou o início da fase de expansão do projeto. O corredor elétrico catarinense é desenvolvido em parceria com a Fundação CERTI e partiu de uma iniciativa de Pesquisa e Desenvolvimento da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).
Desde 2015, a Celesc instalou um total de 66 estações de recarga de veículos elétricos em 35 cidades catarinenses – Foto: Celesc/Divulgação/ND
Os novos eletropostos que serão instalados em 2025, no entanto, deixam de integrar o projeto original para fazer parte do plano de negócios da Celesc. O próximo passo será o lançamento de uma chamada pública em dezembro, na busca de parceiros para ceder locais e receber as novas estações.
“Prevemos a implantação de estações rápidas em locais estratégicos e de maior circulação, e de estações semirrápidas de forma a pulverizar o acesso a estações por todo o estado, com alocações, em média, a cada 50 quilômetros de distância”, anunciou o diretor de Geração, Transmissão e Novos Negócios da Celesc, Elói Hoffelder.
“Estamos comprometidos em criar uma rede robusta que suporte o crescimento do número de veículos elétricos, que são essenciais à transição para um modal de transporte mais sustentável”, afirmou.
