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“O Som da Ilha”: Neide Mariarrosa abre a série documental que estreou na ND TV

“Ela é tão grande que não cabe em meia-hora”, diverte-se a diretora Maria Emília de Azevedo, sobre o episódio “Neide Mariarrosa: A Voz do Mormaço”, que marcou a estreia da série documental “O Som da Ilha”, e que foi ao ar, sábado pela ND TV.

A cantora, comunicadora e radioatriz foi a primeira personagem da série que terá seis episódios ao todo destacando grandes nomes da música de Florianópolis.

Neide Mariarrosa (1936-1994) chegou a morar no Rio de Janeiro – Foto: Reprodução/ND

Neide Mariarrosa (1936-1994) é uma personagem central na movimentação da cena musical e cultural da Florianópolis entre as décadas de 1960 e 1990. Brilhou em Santa Catarina, e depois nacionalmente. Amiga do poeta Zininho, Neide é lembrada até hoje pela interpretação da primeira versão do “Rancho do Amor à Ilha”, que se tornou o hino oficial de Florianópolis.

Além disso, ela teve uma carreira notável no Rio de Janeiro, colaborando com grades nomes da música brasileira, como Elis Regina, Edu Lobo, Pixinguinha Baden Powell e, especialmente a cantora Elizeth Cardoso, “A Divina”, estrela nacional que levou Neide para o Rio de Janeiro.

Zininho com a cantora, locutora e radioatriz Neide Mariarrosa – Foto: Flavio Tin/ND

“O título dessa primeira temporada da série é ‘Época de Ouro’ e a Neide personifica o que foi aquele momento em que Florianópolis andava conectada com furor artístico e musical do Brasil especialmente na década de 1960”, lembra a cantora Claudia” Zininha” Barbosa, idealizadora da série junto com o cineasta Zeca Pires.

A diretora do episódio, Maria Emília de Azevedo, revela a “intensa emoção” de conviver com a memória de Neide Mariarrosa – e ao mesmo tempo “uma grande responsabilidade”. O título “A Voz do Mormaço” foi ideia da própria diretora. “Ela é tão grande que optamos por um recorte que leve para as atuais e futuras gerações quem foi essa cantora incrível que viveu aqui em Florianópolis e encantou plateias pelo Brasil”, comenta a cineasta.

O envolvimento da família e de amigos ainda vivos de Neide é outro ponto destacado pela diretora. Mas é principalmente a relação de Neide com a sua cidade é que promove essa conexão importante. “Ela era do Centro-Leste da Cidade”, adianta Maria Emília.

“Neide Maria Rosa: A Voz do Mormaço” é o único dos seis episódios que já teve uma pré-estreia, que aconteceu durante o Florianópolis Audiovisual Mercosul (FAM) 2024, em setembro. “Neide é uma referência. Seja no seu tempo abrindo portas para uma nova geração que estava chegando naquela época e hoje é segue também inspirando jovens artistas”, completa a diretora.

Programe-se: “O Som da Ilha – Época de Ouro”

Sempre aos sábados, às 13h30, na ND TV

Dia 30/11 EPISÓDIO 2 – “Zininho, um gentleman do samba” (dir. Zeca Nunes Pires)

O episódio “Zininho, um gentleman do samba” é um recorte na vida e obra de Zininho privilegiando a obra do autor de “Rancho de Amor à Ilha”, Hino de Florianópolis, alguns detalhes de sua vida e uma contribuição pouco conhecida do genial compositor Cláudio Alvin Barbosa, o legado de um dos mais importantes acervos de documentos sobre a cidade de Florianópolis.

Dia 07/12 EPISÓDIO 3 – “Aberlardo Souza, O Músico Cronista” (dir. Lelette Coutto)

O episódio “Abelardo Souza” é um mergulho no baú de memórias da família Souza, formada de músicos onde a música voa de geração em geração. As histórias e melodias que permeiam essa linhagem revelam não apenas o talento individual de cada membro, mas também a união e a tradição que a música representa para todos eles.

Dia 14/12 EPISÓDIO 4 – “Luiz Henrique, Um Visionário da Bossa Nova” (dir. Isabela Hoffmann)

O quarto episódio da série “O Som da Ilha” vai retratar a trajetória de Luiz Henrique Rosa, começando pela era de ouro da Rádio Diário da Manhã onde ele tinha o programa chamado “Gente Nossa”, no final da década de 1950, passando pelo Beco das Garrafas, no Rio de Janeiro e chegando nos Estados Unidos onde Luiz Henrique passou oito anos de sua caminhada profissional.

Dia 21/12 EPISÓDIO 5 – “Gentil do Orocongo, O Cancioneiro da Ilha” (dir. Iur Gomez)

Gentil conheceu o exótico orocongo ainda criança. Aprendeu a e confeccionar e a tocar o monocórdio instrumento africano inserindo-o nas principais manifestações culturais de gênese açoriana da Ilha de Santa Catarina e arredores.

Dia 28/12 EPISÓDIO 6 – “Legados do Mestre Zequinha” (dir. Alissa Azambuja e Marilha Naccari)

Um artista que transcende o tempo. Instrumentista e compositor ímpar. Educador nato, criou um método próprio para ensinar e encanta com sua versatilidade, transitando entre valsa, bolero, samba, rancho e o vibrante carnaval, com um repertório autoral de riqueza e variedade rítmica.

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