A FIESC (Federação das indústrias de Santa Catarina) divulgou nessa sexta-feira (22) que as exportações do estado cresceram 23,4% em outubro, em relação ao mesmo período do ano passado, alcançando mais de US$ 1 bilhão.
O valor acumulado das exportações de Santa Catarina de janeiro a outubro é de US$ 9,6 bilhões, o que representa uma queda de 0,9% em relação ao valor acumulado do ano passado.
Carne de aves apresenta maior participação nas exportações
As carnes de aves apresentam a maior participação considerando os dez primeiros meses de 2024. Foram US$1,6 bi apenas neste setor, que representa um recuo de 2,9% em relação à 2023.
Apesar da queda, alguns parceiros aumentaram a compra do produto. Como é o caso do México, que comprou 21,6% a mais que no mesmo período de 2023.
Segundo o Observatório FIESC, o recuo das exportações de carnes de aves se deve a doença de Newcastle, que levou à imposição de barreiras sanitárias ao frango brasileiro.
Para o presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), Mario Cezar de Aguiar, “a despeito de situações adversas pontuais, a indústria da proteína animal segue competitiva no mercado internacional”.
Estados Unidos é o principal comprador de Santa Catarina
A segunda maior participação nas exportações é a da carne suína, que somou US$1,3 bilhões de janeiro a outubro. O setor apresentou um aumento de 6,5% em relação ao ano anterior.
Outro destaque é o de motores elétricos, que apresentou um aumento de 25,3%, e o de madeira serrada, que aumentou 5,2%.
O principal comprador de Santa Catarina é o Estados Unidos, que importou somente neste ano US$1,4 bilhão. O país comprou mais 2,1% de Santa Catarina em relação ao ano anterior. No segundo lugar dos compradores, vem a China com US$1,1 bilhão.
Importações também crescem com o crescimento da indústria
As importações também cresceram e chegaram a US$28,14 bilhões, um aumento de 19,5% em relação a 2023. Os principais produtos importados foram o cobre refinado, partes e acessórios de veículos e pneus de borracha.
O principal vendedor para Santa Catarina é a China, que teve um aumento no ano de 27,7%. Na sequência, temos Chile e Estados Unidos.
Segundo Matheus Porto, economista do Observatório da Fiesc, o aumento das importações se justifica pelo crescimento da indústria de transformação, que usa insumos como polímeros de etilenos, revestimentos de ferros laminados planos e semicondutores.
Boletim Observatório FIESC
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