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Professora fez trabalho sobre o Dia da Consciência Negra com os alunos pouco antes de ser assassinada; ex é suspeito do crime


Professora negra foi asfixiada pelo ex-marido um dia antes do feriado do Dia da Consciência Negra. Homem confessou o crime e foi solto. Professora fez trabalho sobre o Dia da Consciência Negra antes de ser morta
A professora negra Aniely Paula da Silva, de 30 anos, fez uma atividade sobre o Dia da Consciência Negra com alunos antes de ser assassinada, em Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal (assista vídeo acima). O ex-marido dela confessou o crime à Polícia Civil e foi liberado.
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Pelas redes sociais, a escola onde Aniely trabalhava publicou um vídeo falando sobre a atividade ao som da música “Menina Bonita do Laço de Fita”. A professora aparece ajudando as crianças a colarem rolos de papel na cabeça de uma silhueta negra feminina. A ideia era que os rolinhos formassem os cachos do cabelo.
“Na atividade de hoje as crianças trabalharam a coordenação motora fina, percepção visual e socialização, colando os rolinhos de papel na cabeça da boneca”, diz a legenda.
A publicação foi feita na terça-feira (19), um dia antes do feriado do Dia da Consciência Negra, e a mesma data em que Aniely foi assassinada. Segundo o delegado Vinícius Máximo, o ex-marido da vítima foi até a delegacia e confessou que a matou após uma discussão.
“Ele alega que estavam separados e ela foi à casa dele pegar móveis. Eles discutiram e ela partiu para cima dele, começou a mordê-lo e ele a enforcou até a morte”, detalhou o delegado.
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O g1 pediu um posicionamento ao ex-marido da vítima, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.
Professora Aniely Paula foi morta em Águas Lindas de Goiás
Reprodução/Redes Sociais
O delegado explicou que, como o ex-marido se apresentou espontaneamente e confessou o crime, ele foi ouvido e liberado. À Polícia Civil, o homem informou que o relacionamento com Aniely durou seis anos e que eles se separaram em novembro do ano passado.
O caso está sendo investigado pelo Grupo de Investigação de Homicídios de Águas Lindas de Goiás, que apura se a versão apresentada pelo ex-marido corresponde aos fatos. Informações da Polícia Científica apontam que Aniely morreu por asfixia mecânica (estrangulamento).
O delegado informou que os familiares da vítima serão ouvidos nos próximos dias.
O crime
De acordo com o relato, os dois dividiram os móveis na ocasião da separação. No dia do crime, Aniely teria ido à casa do ex-marido para retirar os itens, mas a pessoa que faria o transporte não compareceu.
Na versão do ex-marido à polícia, Aniely teria o ameaçado de morte e, ainda, ameaçado a família dele. A situação deu início a uma briga, que terminou na morte.
Conforme descrito no boletim de ocorrência, o homem afirmou que essa foi a primeira discussão séria do casal. Ele afirmou estar arrependido e disse que não pensou em fugir “porque sabe que fez besteira” e queria “pagar por isso”.
Aniely Paula da Silva, de 30 anos, fez uma atividade sobre o Dia da Consciência Negra com alunos antes de ser assassinada, em Águas Lindas de Goiás
Reprodução/Redes Sociais
Pesar
Nas redes sociais, o local onde Aniely trabalhava lamentou a morte da professora e expressou condolências à família e amigos. O velório está previsto para acontecer nesta sexta-feira (22), no Cemitério Campo da Esperança, em Taguatinga.
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