Já dizia o grande poetinha, Vinícius de Moraes, que “a vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro na vida.” Quem nunca ouviu a frase ou refletiu sobre os encontros que a vida nos traz? Acho que a marca da maturidade emocional surge quando passamos a entender a razão de determinadas pessoas cruzarem nosso caminho em diferentes fases da vida.
Assim como na poesia e na música, o cinema também explora a ideia de encontros e desencontros, sejam eles pessoais ou profissionais, mostrando como essas conexões – ou a ausência delas – moldam nossas trajetórias. Filmes que capturam momentos em que pessoas se encontram, muitas vezes por acaso, e revelam como essas interações podem deixar marcas profundas, criar laços inesperados ou até provocar dúvidas sobre quem somos e o que realmente queremos.
Algumas histórias são fantasiosas, como em A Casa do Lago (The Lake House), um drama romântico, com Sandra Bullock e Keanu Reeves, sobre duas pessoas, que apesar de viverem em tempos diferentes, se apaixonam trocando cartas por meio de uma caixa de correio mágica. Uma história delicada sobre paciência, destino e o mistério do tempo.
Engana-se quem pensa que encontros e desencontros são apenas temas de amor. Muitos filmes abordam encontros que desafiam a própria essência de quem somos, explorando dilemas éticos, morais e emocionais. São histórias que revelam a complexidade das conexões humanas e nos fazem refletir sobre o impacto daqueles que cruzam nosso caminho, em qualquer esfera da vida.
E é nesse ponto que quero propor uma reflexão: você consegue ressignificar o papel das pessoas que passaram pela sua vida? Já pensou sobre isso?
Consegue transformar aquele que foi, era ou poderia ter sido, um grande amor em uma amizade sincera e sólida? Ou transformar aquele colega de trabalho que parece testar sua paciência em um aliado? Afinal, o que significa “dar certo” ou “não dar certo” em uma relação, seja ela qual for?
Tenho refletido bastante sobre o “prazo de validade” das coisas – as estações do ano, as fases da lua, os ciclos que têm começo, meio e fim, como tudo na vida. O que é o “para sempre”? Quanto tempo ele dura? E se o meu “para sempre” não for o mesmo que o seu? Será que isso significa que não deu certo? Ou que deu certo o tempo que tinha que dar?
Cada vez mais acredito que a maturidade está em escolher conviver, em todos os aspectos da vida, com quem também escolhe estar ao nosso lado. Porque, no fim, ninguém é insubstituível.
Então, caro(a) leitor(a), essa reflexão é um lembrete de que pessoas vêm e vão, mas você fica. Então, trate-se bem, cuide-se, priorize-se, e pelo bem da sua saúde mental, se faça de louco de vez em quando.