Instituição concluiu recuperação das armas cinco dias após notar sumiço. Caso é tratado como furto. Armas estavam no 33º Batalhão de Infantaria Mecanizada, em Cascavel. Éxercito divulgou imagem das nove armas recuperadas
Éxercito/Reprodução
O furto de nove armas do 33º Batalhão de Infantaria Mecanizada do Exército de Cascavel, no oeste do Paraná, mobilizou forças de segurança de todo o estado e contou também com apoio de militares do Rio Grande do Sul.
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Foram cinco dias de operações para localizar todas as armas. O sumiço foi percebido no domingo (17). A primeira leva, de cinco armas, foi recuperada na terça-feira (19). Na noite de quarta (20), as quatro armas faltantes foram localizadas.
Conforme o Exército, 1,6 mil militares do Exército participaram de operações para recuperar os itens. Um homem, não militar e sem passagens pela polícia, está preso.
A seguir, o g1 destaca, ponto a ponto, o que se sabe e o que falta ser esclarecido sobre o caso.
Exército investiga sumiço de 9 armas do Batalhão de Cascavel
Amanda Guedes/RPC Cascavel
Qual o modelo das armas furtadas?
Onde elas ficavam guardadas?
Quando o furto foi notado?
O que foi feito após a descoberta do furto?
Houve punições?
Quem são os suspeitos?
Quais forças de segurança e quantos profissionais trabalham na investigação?
Em que circunstâncias as armas foram recuperadas?
Qual punição será dada pelo Exército aos militares envolvidos no caso?
O que falta esclarecer?
1. Qual o modelo das armas que foram furtadas?
De acordo com o 33º Batalhão de Infantaria Mecanizada do Exército, as nove pistolas furtadas eram do modelo Beretta, calibre 9 milímetros.
2. Onde elas ficavam guardadas?
As armas ficavam guardadas em local chamado de Reserva de Armamento do Batalhão.
O general comandante da brigada, Evandro Amorim, garantiu que as reservas de armas são conferidas rotineiramente.
3. Quando foi o furto?
O furto foi percebido por volta das 13h50 de domingo (17), de acordo com o Exército.
Na quarta (20), após as primeiras cinco armas serem localizadas, a Polícia Militar (PM-PR) divulgou que o furto aconteceu no sábado (16).
4. O que foi feito após a descoberta do furto?
Imediatamente após a descoberta do furto das armas, o Exército informou que foi instaurado um Inquérito Policial Militar para apurar o caso.
Na sequência, os militares do Batalhão foram mobilizados para esclarecer a situação e auxiliar nas buscas.
5. Houve punições no quartel?
Militares são suspeitos de furtar armas de batalhão em Cascavel, segundo comandante
Os celulares de todos os militares que atuam na batalhão foram apreendidos após o furto, informou a assessoria da instituição. A instituição não informou quando a apreensão dos equipamentos aconteceu.
Além disso, cinco militares que estavam trabalhando no último domingo (17), quando houve a descoberta do furto das nove armas do batalhão, foram punidos disciplinarmente por “terem trabalhado mal durante o serviço”, conforme a instituição.
Apesar disso, de acordo com a instituição, a punição não colocou estes militares na condição de suspeitos do furto. Segundo o Exército, a punição foi determinar porque a ação dos militares “permitiu o extravio do armamento”.
Eles cumprem punição disciplinar de prisão dentro do quartel. Não foi informado quando eles foram presos, nem até quando devem cumprir a punição.
6. Quem são os suspeitos?
Militares do próprio batalhão são suspeitos de terem furtado os itens, segundo o general comandante Amorim.
No entanto, nenhum detalhe sobre a investigação foi informado. Nomes de eventuais suspeitos também não foram revelados.
7. Quais forças de segurança trabalham na investigação?
Para a recuperação dos itens furtados, o Exército convocou todos os agentes de folga e também os afastados para uma megaoperação de buscas que envolve mais de 1,6 mil militares da instituição.
As buscas tiveram apoio das Polícias Rodoviária Federal (PRF), Civil (PC-PR) e Militar (PM-PR).
8. Em que circunstâncias as armas foram recuperadas?
Cinco das nove armas furtadas foram recuperadas, segundo a Polícia Militar do Paraná, na noite de terça-feira (19). Quatro delas estavam na casa de um homem em Espigão Alto do Iguaçu, no oeste do Paraná. O nome dele não foi oficialmente divulgado.
A quinta arma localizada estava em Três Barras do Paraná. A localização foi informada pelo suspeito, que foi detido em casa pela PM.
As outras quatro armas, segundo o Exército, foram localizadas por volta das 23h50 de quarta-feira (20) em uma área desabitada da zona rural de Santo Antônio do Sudoeste, também no oeste do estado, após uma denúncia anônima.
9. Qual punição será dada pelo Exército aos militares envolvidos no caso?
O general comandante do 33º Batalhão Evandro Amorim, afirmou na quinta-feira (21) que os militares que forem identificados no decorrer da investigação do Exército que apura o furtos de nove armas do quartel, serão “excluídos” da corporação.
“Vamos buscar as veiculações para termos a certeza de quem foram os autores reais. Importante é que se dentro desses fatores, aqueles que são militares, imediatamente identificados, além do processo penal, será aberto ali um processo disciplinar correspondente e serão excluídos do Exército Brasileiro”, frisou Amorim.
10. O que falta esclarecer?
Ainda falta esclarecer qual foi a autoria do furto e dinâmica do crime. Também precisa ser esclarecido se o homem preso com quatro armas foi mandante do crime ou um receptador, por exemplo.
Outro ponto que ainda não foi esclarecido, também, é quantos militares podem ter envolvimento com o crime.
Sobre a forma como o crime pode ter acontecido, o general Evandro Amorim disse que “nenhuma hipótese pode ser descartada”.
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