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Saiba quem é major do Exército do ES indiciado pela PF com Bolsonaro e mais 35 em inquérito sobre golpe


Angelo Martins Denicoli é de Colatina, no Noroeste do Espírito Santo. Saiba quem é major do Exército do ES indiciado pela PF com Bolsonaro e mais 36 em inquérito sobre golpe.
Reprodução/Facebook Angelo Denicoli
A Polícia Federal (PF) indiciou, nesta quinta-feira (21), 37 nomes suspeitos de tramar um golpe de Estado para mudar os rumos das eleições presidenciais em 2022. Estão na lista o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ex-integrantes do seu governo. O único capixaba apontado como participante é o major da reserva do Exército, Angelo Martins Denicoli.
De acordo com a PF, os indiciados são suspeitos dos crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
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Denicoli é morador de Colatina, no Noroeste do Estado, formado pela Academia Militar das Agulhas Negras.
Ocupou cargo de direção no Ministério da Saúde, na gestão Eduardo Pazuello. No período, promoveu ataques e informações falsas contra a Covid-19 e as medidas sanitárias da pandemia.
Major da reserva do Exército Angelo Martins Denicoli.
Reprodução/LinkedIn
Em fevereiro de 2024, o major foi alvo da operação da “Tempus Veritatis”, da Polícia Federal, por suposta ligação à tentativa de Golpe de Estado e de abolição violenta do Estado Democrático de Direito nos ataques de 8 de janeiro de 2023.
Cerca de uma semana depois foi exonerado do cargo de assessor especial que ocupava, na ocasião, na Companhia de Processamento de Dados de São Paulo (Prodesp), empresa pública de TI do Estado de São Paulo.
O g1 não conseguiu contato com a defesa do Major Denicoli até a publicação desta reportagem.
PF considera investigação encerrada
A conclusão do inquérito aponta uma organização criminosa que atuou de forma coordenada na tentativa de golpe para manter Bolsonaro após derrota na eleição de 2022. A investigação começou no ano passado e foi concluída dois dias após a Polícia Federal (PF) prender 4 militares e um policial federal acusados de tentar matar Lula, Alckmin e Moraes.
O relatório final do inquérito, que tem mais de 800 páginas, foi concluído no início da tarde e vai ser entregue ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Caberá à Procuradoria-geral da República (PGR) denunciar ou não os indiciados ao Supremo. Caso a Corte aceite a denúncia, eles se tornam réus e serão julgados.
Veja a lista de todos os indiciados:
Ailton Gonçalves Moraes Barros
Alexandre Castilho Bitencourt da Silva
Alexandre Rodrigues Ramagem
Almir Garnier Santos
Amauri Feres Saad
Anderson Gustavo Torres
Anderson Lima de Moura
Angelo Martins Denicoli
Augusto Heleno Ribeiro Pereira
Bernardo Romão Correa Netto
Carlos Cesar Moretzsohn Rocha
Carlos Giovani Delevati Pasini
Cleverson Ney Magalhães
Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira
Fabrício Moreira de Bastos
Filipe Garcia Martins
Fernando Cerimedo
Giancarlo Gomes Rodrigues
Guilherme Marques de Almeida
Hélio Ferreira Lima
Jair Messias Bolsonaro
José Eduardo de Oliveira e Silva
Laercio Vergilio
Marcelo Bormevet
Marcelo Costa Câmara
Mario Fernandes
Mauro Cesar Barbosa Cid
Nilton Diniz Rodrigues
Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho
Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira
Rafael Martins de Oliveira
Ronald Ferreira de Araujo Junior
Sergio Ricardo Cavaliere de Medeiros
Tércio Arnaud Tomaz
Valdemar Costa Neto
Walter Souza Braga Netto
Wladimir Matos Soares
Veja íntegra da nota da PF sobre o indiciamento:
A Polícia Federal encerrou nesta quinta-feira (21/11) investigação que apurou a existência de uma organização criminosa que atuou de forma coordenada, em 2022, na tentativa de manutenção do então presidente da República no poder.
O relatório final foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal com o indiciamento de 37 pessoas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
As provas foram obtidas por meio de diversas diligências policiais realizadas ao longo de quase dois anos, com base em quebra de sigilos telemático, telefônico, bancário, fiscal, colaboração premiada, buscas e apreensões, entre outras medidas devidamente autorizadas pelo poder Judiciário.
As investigações apontaram que os investigados se estruturaram por meio de divisão de tarefas, o que permitiu a individualização das condutas e a constatação da existência dos seguintes grupos:
a) Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral;
b) Núcleo Responsável por Incitar Militares à Aderirem ao Golpe de Estado;
c) Núcleo Jurídico;
d) Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas;
e) Núcleo de Inteligência Paralela;
f) Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas
Com a entrega do relatório, a Polícia Federal encerra as investigações referentes às tentativas de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
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