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Caseiro é condenado a 16 anos de prisão por matar e violentar sexualmente corretora de seguros na Bahia


Corpo da vítima foi encontrado enrolado em tapete dentro da casa onde morava, na região metropolitana de Salvador. No dia do crime, homem foi encontrado desacordado no imóvel, onde trabalhava há seis anos. Caseiro da residência trabalhava com Marileide há 6 anos
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O caseiro Anderson da Hora Santos foi condenado a 16 anos de prisão por matar corretora de seguros Marileide Santos Silva, de 40 anos, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador. Ela foi encontrada morta no dia 21 de setembro de 2023, enrolada em um tapete na casa em que morava.
O julgamento de Anderson da Hora aconteceu nesta quinta-feira (21), no Fórum Criminal de Salvador, e foi composto por quatro mulheres e três homens. Ele foi condenado pelos crimes de homicídio qualificado e vilipêndio de cadáver, isto é, quando há o ato de “desrespeitar, ridicularizar, ofender a honra” do corpo de uma pessoa morta”.
De acordo com a denúncia do Ministério Público da Bahia (MP-BA), o caseiro de Marileide tentou manter relações sexuais com a vítima, que tentou se defender. Os dois iniciaram uma briga e Anderson golpeou a corretora de seguros várias vezes na cabeça, com um cabo de madeira.
A denúncia apontou ainda as agressões como provável causa do óbito. Após agredir a mulher, o caseiro teria tirado a roupa e abusado sexualmente dela.
O órgão estadual informou que o caseiro foi interrogado pela Polícia Civil e negou ter cometido o crime. Anderson da Hora Santos afirmou que ingeriu um comprimido de paracetamol com codeína e “apagou”, só acordando no dia seguinte, no Hospital Menandro de Faria, sob custódia policial.
Ele disse também, em depoimento, que considerava a vítima como uma mãe, porque “ela lhe dava de tudo e moravam juntos há seis anos”.
Veja abaixo algumas das conclusões do MP-BA sobre o caso:
👉 A vítima foi encontrada no jardim de inverno da casa, deitada, coberta com um tapete branco, sobre uma colcha cinza e duas almofadas;
👉 O corpo dela apresentava lesões contusas na cabeça e estava nu , usando apenas um bustiê;
👉 O laudo de local de crime evidenciou que havia manchas de sangue humano nas paredes e em um vaso de planta no local onde a vítima foi encontrada morta;
👉 Também havia um cabo de madeira de instrumento agrícola que apresentava manchas de sangue humano.
👉 O MP-BA informou que tudo indica que a vítima foi fortemente golpeada na cabeça até perder a vida;
👉 No corpo da vítima foram coletadas amostras nas regiões anal e vaginal, tendo o laudo pericial identificado a presença de sêmen, o que demonstra que ela foi abusada sexualmente.
O laudo de necropsia realizado no dia 22 de setembro estimou que o óbito aconteceu entre 48h e 120h, logo, no intervalo entre os dias 17 e 20 do mesmo mês. Na descrição das lesões externas, o documento identificou lesões na cabeça da vítima, especificamente no lado direito. Além disso, havia ferimentos no braço, antebraço, punhos, coxa, joelhos e fratura no nariz.
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Uma das testemunhas ouvidas na investigação declarou para a polícia que Marileide havia contado que suspeitava que o caseiro tinha algum interesse amoroso por ela, porque já tinha visto, em certa ocasião, ele a observando com o pênis ereto.
A testemunha, que não teve nome divulgado, acrescentou que questionou a corretora de seguros se isso não seria perigoso, mas a vítima teria justificado que confiava no funcionário.
Vizinhos sentiram falta da vítima
Testemunhas relataram também que fizeram contato com Marileide pela última vez quatro dias antes da morte dela. De acordo com informações de vizinhos, era possível sentir um forte odor vindo da direção da casa da vítima.
Além disso, Marileide tinha diversos animais de estimação e do lado de fora da casa era observar a inquietação deles. Amigos da vítima estranharam a falta de notícias e foram até o imóvel. Segundo eles, o corpo foi encontrado com marcas de violência e o rosto estava desfigurado.
O caseiro da residência trabalhava com Marileide há 6 anos e cuidava dos animais dela. Uma vizinha, que preferiu não se identificar, disse não notou o sumiço da vizinha, mas sim do caseiro, porque o via regularmente pela manhã.
“Nos últimos dias, a porta da sala estava aberta, o cachorro não parava de choramingar e o gato miava o tempo todo. Ele acordava bastante cedo e eu saía cedo, então eu via ele sempre limpando o jardim”, relatou a vizinha.
Marileide era protetora voluntária e tinha 50 animais no local. Entre eles, estavam 31 gatos, sete cães e sete animais mortos – sendo seis gatos e um cachorro. Outros animais, que eram de raça, foram levados do local antes que a polícia chegasse.
Os 31 gatos foram resgatados pela ONGs Instituto Patruska e Remca Bahia, mas os cães ficaram na casa da corretora de seguros porque as instituições não tinham estrutura para recebê-los.
Corretora foi encontrada morta em Lauro de Freitas, na Bahia
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