A Polícia Federal divulgou nesta quinta-feira (21) encerramento das investigações sobre uma tentativa de golpe de Estado em 2022. O órgão concluiu a “existência de uma organização criminosa que atuou de forma coordenada […] na tentativa de [matar o] então presidente da República no poder.
A coordenação foi profunda e objetiva. Os envolvidos estruturam um trâmite detalhado e chegaram, inclusive, a criar núcleos para divisão de tarefas, “o que permitiu a individualização das condutas”.
A PF descobriu que existiam seis núcleos golpistas articulados para causar um golpe de estado e “derrubar à força o Estado Democrático de Direito.” São eles:
a) Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral; b) Núcleo Responsável por Incitar Militares à Aderirem ao Golpe de Estado; c) Núcleo Jurídico; d) Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas; e) Núcleo de Inteligência Paralela; f) Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas
Jair Bolsonaro é indiciado
A PF citou 37 pessoas no relatório. Entre os indiciados, está o ex-presidente Jair Bolsonaro. O relatório irá para o STF em breve; estima-se que o julgamento ocorra a partir de março de 2025.
Bolsonaro foi indiciado por:
- 1- Crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
- 2- golpe de Estado
- 3- organização criminosa.
Também foram indiciados Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; Braga Netto, ex-ministro de Bolsonaro; Alexandre Ramagem, chefe da Agência Brasileira de Inteligência no governo de Bolsonaro e mais 33 pessoas. Conheça os indiciados aqui.