A Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito sobre a tentativa de golpe contra o Estado em 2022, indiciando 37 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A investigação apura crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
O relatório final, com mais de 700 páginas, será encaminhado ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável pela relatoria do caso.
Bolsonaro De acordo com a PF, Bolsonaro teria redigido, ajustado e “enxugado” uma minuta de decreto que previa intervenção no Poder Judiciário, buscando impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e convocar novas eleições.
As investigações indicam que, em 9 de dezembro de 2022, o então presidente se reuniu com o comandante do Exército na época, general Estevam Cals Theofilo, para discutir apoio militar ao plano golpista.
Mensagens analisadas pela PF, enviadas pelo ex-ajudante de ordens Mauro Cid ao general Freire Gomes, apontam que Bolsonaro teria revisado o decreto, tornando-o mais conciso.
Esse não é o único inquérito envolvendo o ex-presidente. Ele já foi indiciado em casos que apuram a falsificação de cartões de vacinação contra a Covid-19 e a venda irregular de joias recebidas como presente durante seu mandato.
A investigação também inclui os atos de vandalismo registrados em 8 de janeiro de 2023, além de conspirações golpistas descobertas antes e após as eleições presidenciais de 2022. Na última terça-feira (19/11), a PF prendeu quatro militares de alta patente do Exército, ampliando o alcance das apurações.
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