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5 mitos e verdades sobre o vinho de Mendoza


Desvende a maior região produtora da Argentina e conheça rótulos que você precisa provar. O vinho de Mendoza é o queridinho dos brasileiros. Belos rótulos tintos argentinos regam confraternizações entre amigos, churrascos e almoços de família. Há décadas, o vinho argentino alcançou uma qualidade capaz de rivalizar com os vinhos europeus, mas por um preço mais acessível.
Apesar de ser popular, ainda há muitos mitos que rondam os vinhos de Mendoza, maior região produtora da Argentina, localizada aos pés da Cordilheira dos Andes. Confira 5 mitos e verdade sobre o vinho mendocino.
Todo vinho argentino é produzido em Mendoza
De acordo com o site Wines of Argentina, Mendoza concentra 76% do total de vinhedos do país e a maior quantidade de vinícolas. Nessa província estão localizadas importantes bodegas como Norton, Alfredo Roca e Alambrado, todas presentes no Brasil.
O território de Mendoza pode ser dividido em cinco grandes sub-regiões: Vale de Uco, que engloba os departamentos de Tunuyán, Tupungato e San Carlos; a Primeira Zona, que compreende as subzonas de Luján de Cuyo e Maipú; e os oásis norte (Lavalle e Las Heras), leste (San Martín, Rivadavia, Junín, Santa Rosa e La Paz) e sul (San Rafael, Malargüe e General Alvear).
A Cordilheira andina forma uma barreira para os ventos úmidos do Pacífico, o que cria um clima ideal para o cultivo da videira. Altitude, heterogeneidade de solos e a água proveniente do degelo, são fatores fundamentais para a produção de vinhos de excelente qualidade, que se somam a uma profunda tradição vitivinícola que remonta a pelo menos o século XIX.
Mas, a vitivinicultura argentina se estende por todo o país, desde os vinhedos de altura no Norte, passando pela aridez de Mendoza até as planícies da Patagônia, e os novos projetos à beira do Atlântico. Essas diferenças de terroirs se refletem numa interminável gama de sabores que marcam a identidade de cada região.
Mendoza só produz Malbec
A Malbec é a variedade mais cultivada da Argentina desde 2011 e hoje representa 21% dos vinhedos do país, líder em volume, qualidade e exportações no mundo. Oriunda da França, onde é conhecida também como Côt, essa uva tinta encontrou na Argentina um terroir perfeito.
De cor escuro intenso e com aromas frutados muito intensos, como cerejas, morangos, ameixas, uvas passa e pimenta-do-reino, a Malbec envelhece lindamente em madeira onde ganha notas de café, baunilha e chocolate. Em boca, é envolvente, suculento e aveludado.
Mas Malbec não é todo igual. Os grandes produtores argentinos já estão desenvolvendo Malbecs de terroir que expressam as melhores características de cada solo e microclima.
Exemplos perfeitos disso é a linha Lote Norton formada por três Malbec elaborados com uvas de três vinhedos diferentes: Norton Lote Agrelo, que recebeu 93 pontos Robert Parker; Norton Lote Finca Lunlunta, com 91 pontos Robert Parker; e o Norton Lote Finca La Colonia.
A Malbec colocou a Argentina no mapa mundial da vitivinicultura ao ponto que a ela é dedicada até uma data, o Malbec Day que é celebrado todo ano em 17 de abril.
Mas essa variedade não é a única de Mendoza. Na região se cultivam também Bonarda, que é a segunda cepa mais cultivada do país, Cabernet Sauvignon, que nos últimos anos alcançou uma qualidade excepcional e já rivaliza com a chilena, Syrah e até variedades criollas, como Cereza e Criolla Grande.
Vinho de Mendoza só combina com churrasco
Se estivermos falando do Malbec clássico, que é o mais conhecido e caracterizado por frutas negras, taninos macios, encorpado e com passagem por barrica de carvalho, ele é perfeito com carnes grelhadas e assadas. De fato, é uma das melhores combinações enogastronômicas que existem.
Mais recentemente, muitas vinícolas têm investido em Malbecs de estilo mais moderno. São vinhos que mantém o frescor da fruta, mas sem “pesar” na boca, ou seja, são fáceis de beber e combinam com comidas mais leves, como pizzas e massas ao molho de tomate, por exemplo.
Quer experimentar Malbecs com essas características? Experimente o Sexy Fish Malbec e o Porteño Malbec, que são dois rótulos de excelente custo-benefício, perfeitos para o dia a dia.
Mendoza não tem vinho branco
Apesar de ser famosa por seus tintos, a Argentina produz também espetaculares vinhos brancos. A maioria deles vêm da província de Mendoza. Há Chardonnay, Sauvignon Blanc, Sémillon e Viognier, entre outras, mas a uva mais cultivada é a Torrontés, variedade que se encontra unicamente na Argentina.
O Torrontés é um vinho amarelo claro que ocasionalmente desenvolve matizes dourados e verdes. Apresenta aroma de flores, como rosas, jasmim e gerânio, e toques de especiarias.
Acompanha muito bem peixes e mariscos, assim como comidas picantes e bem temperadas, como pratos tailandeses, indianos, chineses e vietnamitas.
Ficou curioso de provar belos Torrontés de Mendoza? Vale a pena experimentar o Alambrado Etiqueta Negra Torrontés, um branco intenso e delicado, com notas de rosas, frutas brancas como maçã e pera, e frutas cítricas como laranja e limão. Em boca, é macio, com uma acidez equilibrada e um final elegante e persistente.
Outra dica é o Porteño Torrontés, que é intenso e frutado, com aromas a frutas maduras como pêssego e abacaxi, além de toques florais que conferem delicadeza e elegância. Refrescante e equilibrado, é perfeito para acompanhar pratos leves e refrescantes, como saladas, frutos do mar, peixes grelhados e queijos suaves.
O vinho de Mendoza é o melhor da Argentina
Difícil dizer qual vinho é o melhor, ainda porque o gosto é um componente subjetivo de cada um de nós. O que é certo é que em Mendoza está localizada a primeira Denominação de Origem Controlada (DOC) não só da Argentina, mas de todas as Américas.
Em Luján de Cuyo, subzona de Mendoza, são produzidos vinhos DOCs desde 2005. Quando uma vinícola está inserida numa Denominação de Origem precisa respeitar regras de cultivo e padrões de produção mais rígidos, o que costuma elevar a qualidade da bebida.
Quer descobrir o sabor de um vinho DOC de Mendoza? Experimente o Norton DOC Malbec cujas uvas são cultivadas em Luján de Cuyo. É um tinto com aromas de frutas vermelhas maduras e pimenta-do-reino. Em boca, taninos macios, ótima estrutura e longo final. É um rótulo perfeito para acompanhar carnes, queijos, massas ao funghi e risotos de carnes.
BEBA MENOS, BEBA MELHOR.
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