Clássico da Disney, “A Pequena Sereia”, retrata a história de Ariel, jovem sereia que deixa toda a vida e família no fundo do mar após se apaixonar por um príncipe que vive na superfície. Décadas após ser lançada pela primeira vez, a história inspirou o nome de uma tendência perigosa que pode acontecer nos relacionamentos românticos, o de largar toda a identidade por outra pessoa.
O que é a síndrome da Pequena Sereia?
A síndrome da Pequena Sereia é um termo não-clínico que descreve um padrão de comportamento em relacionamentos românticos, quando uma pessoa se sacrifica excessivamente por amor, renunciando à sua própria identidade, necessidades e desejos para agradar o parceiro, explicou a psiquiatra Rocío Barrios, em entrevista à W Radio.
Um exemplo cotidiano pode ser visto em decisões aparentemente corriqueiros, como mudar o estilo de se vestir, deixar de praticar algum hobby ou abandonar amizades.
Contudo, esta dinâmica pode aumentar com o tempo e se estender para renúncias significativas, como o abandono de objetivos profissionais ou interesses pessoais.
Essa síndrome pode levar a desgaste emocional e físico, perda de autoestima, isolamento social, dificuldades na comunicação saudável e possibilidade de violência emocional ou psicológica.
Ela é causada por baixa autoestima, medo de abandono, desejo de amor e aceitação, influência de culturas ou sociedades patriarcais e experiências passadas de abuso ou negligência.
Superar a síndrome da Pequena Sereia exige um trabalho consciente de autoconhecimento e autoafirmação, apontou Barrios. O primeiro passo é priorizar próprias necessidades e desejos, e estabelecer limites saudáveis.
Buscar apoio emocional também é fundamental, como o de amigos, familiares e profissionais, e assim, voltar a desenvolver autoconhecimento e autoestima.