Dois moradores de Brasília foram barrados ao tentar entrar na Cidade da Guatemala; jovens estão em alojamento da imigração, no aeroporto, desde sexta-feira (15). ‘Insalubre’, diz Lucas Alves. Vídeos mostram sujeira e baratas no alojamento dos ‘presos’ na Guatemala
Na última sexta-feira (15), dois moradores de Brasília – ambos de 25 anos – estão retidos no aeroporto da Cidade da Guatemala, após serem impedidos de entrar no país. Segundo o departamento de imigração houve “inconsistência de informações” na documentação.
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Lucas Alves e João Vitor de Sousa estão em um alojamento ‘insalubre”, segundo os jovens (veja vídeo acima). No local, homens, mulheres e crianças dividem o mesmo espaço onde há muita sujeira, baratas e mau cheiro, de acordo com os jovens.
Conforme Lucas, o local não é limpo há muitos dias. As imagens mostram baratas embaixo dos colchonetes e correndo livremente pelo alojamento.
Lucas diz que não consegue dormir direito e não toma banho desde que chegou. O banheiro que usam é o do próprio aeroporto, que não tem chuveiros.
“(o alojamento)tem um cheiro muito ruim, não tem ventilação, a gente não consegue nem ver a luz do sol. Os colchões são velhos, é completamente horrível. É uma situação bem insalubre que a gente está aqui”, conta o jovem.
Vídeo mostra como é o alojamento dos ‘presos’ em aeroporto na Guatemala.
Em um outro vídeo, Lucas deu uma volta pelo ambiente e mostrou crianças brincando no chão e colchonetes em péssimo estado de conservação. Em entrevista para o g1, nesta terça-feira (19), ele disse que espera voltar para o Brasil.
Imigrante retido deitado em um colchonete em péssimas condições em alojamento no aeroporto da Guatemala.
Lucas Alves
Os jovens estavam acompanhados de outros dois amigos que conseguiram entrar na Guatemala. Segundo Lucas, eles queriam conhecer o país e voltar no fim do mês, sendo que a passagem de volta estava comprada para o dia 29 de novembro, pela Copa Airlines.
“A gente chegou aqui sexta-feira de manhã, aí foi passar pelo procedimento de imigração, como todo imigrante (…) A gente respondeu as perguntas lá (…). Mesmo mostrando todos os documentos que eles pediram (…) nada disso adiantou. A única coisa que eles alegaram para a gente foi a inconsistência de informações, que a gente até agora não entendeu muito bem o porquê disso, sendo que um amigo nosso passou e nós dois ficamos”, conta Lucas.
A reportagem tentou contato com a Copa Airlines, ainda na segunda-feira (18) mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. A mãe de Lucas conta que também ligou para a companhia aérea e tentou comprar uma passagem de volta para o filho, mas foi informada que o jovem só pode deixar o país com autorização da imigração da Guatemala.
O Ministério das Relações Exteriores disse, por meio da Embaixada do Brasil na Cidade da Guatemala, que “está ciente do fato desde o sábado, quando foi notificada a respeito. Desde então, está em contato com os brasileiros, prestando-lhes assistência consular. Está, ainda, em contato com as autoridades locais”.
Segundo Lucas, a vice-cônsul do Brasil esteve no local e conversou com os brasileiros. Mas não deu previsão do retorno deles para o Brasil.
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