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Tenente preso em operação da PF é ex-comandante do CMA no Amazonas


Ex-comandante da 3ª Companhia de Forças Especiais de Manaus do CMA foi destituído do cargo em fevereiro deste ano, após o início das investigações sobre a tentativa de um golpe de Estado. PF prende grupo suspeito de planejar golpe de estado em 2022
O tenente-coronel Helio Ferreira Lima foi um dos presos durante a Operação “Contragolpe” da Polícia Federal (PF), deflagrada nesta terça-feira (19). O militar é ex-comandante da 3ª Companhia de Forças Especiais de Manaus do Comando Militar da Amazônia (CMA), sediado em Manaus, e foi destituído do cargo em fevereiro deste ano, devido ao início das investigações sobre a tentativa de um golpe de Estado após as eleições presidenciais de 2022.
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O militar ingressou no CMA em 7 de junho de 2023. Na época em que foi destituído do cargo, o nome do tenente-coronel do Exército apareceu em trocas de mensagens com Mauro Barbosa Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. A portaria que exonerou Lima foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) em 8 de fevereiro deste ano, no mesmo dia em que a operação foi deflagrada.
Além do tenente, outros três militares do Exército e um policial federal foram presos. Os alvos de prisão foram:
o general de brigada Mario Fernandes (na reserva);
o tenente-coronel Helio Ferreira Lima;
o major Rodrigo Bezerra Azevedo;
o major Rafael Martins de Oliveira; e
o policial federal: Wladimir Matos Soares.
O grupo teria elaborado um atentado, com objetivo de matar o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, segundo apurou o blog da Camila Bonfim. As autoridades seriam envenenadas e tiveram os passos monitorados, segundo apontou a PF.
As prisões foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes e já tinham sido cumpridas até às 6h50 (horário de Brasília) desta terça. A PF não informou a função de Lima no esquema criminoso.
Ao g1, o Exército informou que o General de Brigada Mário Fernandes, da reserva, e os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rodrigo Bezerra de Azevedo e Rafael Martins de Oliveira foram presos no Rio de Janeiro. A nota esclareceu ainda que os militares da ativa não estavam envolvidos na Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) durante a Cúpula do G20.
“O General Mário Fernandes e o Tenente-Coronel Hélio Ferreira Lima estavam no Rio de Janeiro para participar de cerimônias de conclusão de cursos de familiares e amigos,” informou o Exército.
Por sua vez, o tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo se deslocou à guarnição a serviço, para participar de outras atividades, e não fez parte do efetivo da operação de GLO. Já o tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira estava afastado do serviço devido a medidas cautelares impostas pela justiça.
Os quatro militares do Exército presos são ligados às forças especiais, conhecidos como “kids pretos”. De acordo com o Exército, a nomenclatura é um apelido informal atribuído aos militares de Operações Especiais do Exército Brasileiro, pelo fato de usarem um gorro preto.
Kids pretos presos pela PF: Rafael Martins de Oliveira, Hélio Ferreira Lima, Rodrigo Bezerra de Azevedo e Mario Fernandes
Arquivo pessoal e Eduardo Menezes/SG/PR
Operação ‘Contragolpe’
De acordo com a Polícia Federal, as operações de busca, apreensão e prisões ocorreram nas cidades de Goiânia e Rio de Janeiro.
Em Goiânia, foram dois alvos: Rodrigo Bezerra de Azevedo, que preso em estabelecimento militar, e o capitão Lucas Guerellus, que foi alvo de buscas, não de prisão.
Já no Rio, foram detidos Mario Fernandes, Hélio Ferreira Lima e Rafael Martins de Oliveira.
As prisões foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes e já tinham sido cumpridas até as 6h50 desta terça.
A operação, intitulada “Contragolpe”, foi autorizada no âmbito do inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado e a sequência de atos antidemocráticos promovidos ao longo do processo eleitoral de 2022, e que culminaram nos atos terroristas de 8 de janeiro de 2023.
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