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Faixa de Gaza e Guerra na Ucrânia: veja a posição do G20 sobre os conflitos

Faixa de Gaza e Guerra na Ucrânia: veja a posição do G20 sobre os conflitosTaís Ilhéu

O G20, fórum multilateral que reúne as 19 maiores economias do mundo (além da União Europeia), encerra sua reunião anual de 2024 nesta terça-feira (19), elencando as prioridades do grupo. Na declaração final, as potências destacaram tópicos como o combate à fome, as metas do Acordo de Paris, o combate à desigualdade e até a taxação dos ultrarricos. Os grandes conflitos em andamento no mundo, em especial à guerra na Ucrânia e na Faixa de Gaza, também não ficaram de fora.

Veja abaixo como os países-membros se posicionaram.

Cessar-fogo abrangente em Gaza

Os membros do G20 pedem um cessar-fogo “abrangente” em Gaza, e destacam “a necessidade urgente de expandir o fluxo de assistência humanitária”. O grupo também indica como solução a coexistência em paz dos dois Estados com fronteiras reconhecidas e seguras. Veja abaixo o posicionamento:

Ao expressar nossa profunda preocupação com a situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza e a escalada no Líbano, enfatizamos a necessidade urgente de expandir o fluxo de assistência humanitária e reforçar a proteção de civis e exigir a remoção de todas as barreiras à prestação de assistência humanitária em escala. Destacamos o sofrimento humano e os impactos negativos da guerra. Afirmando o direito palestino à autodeterminação, reiteramos nosso compromisso inabalável com a visão da solução de dois Estados, onde Israel e um Estado palestino vivem lado a lado, em paz, dentro de fronteiras seguras e reconhecidas, consistentes com o direito internacional e resoluções relevantes da ONU. Estamos unidos em apoio a um cessar-fogo abrangente em Gaza, em conformidade com a Resolução n. 2735 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, e no Líbano, que permite que os cidadãos retornem em segurança para suas casas em ambos os lados da Linha Azul.

 

 

Vale lembrar que a ONU (Organização das Nações Unidas) aprovou uma resolução para dividir do território de forma igualitária em 1947, mas a proclamação do Estado de Israel, no ano seguinte, resultou na expulsão em massa dos palestinos dos seus territórios de origem – hoje, são cerca de 5,9 milhões de refugiados.

A divisão pacífica do território também parece cada vez mais distante no horizonte considerando os impasses sobre Jerusalém – cidade sagrada para os dois povos e reivindicada como capital –, a resistência de Israel em ceder territórios e a força de grupos fundamentalistas palestinos que defendem um Estado teocrático.

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Entenda aqui as origens do conflito entre palestinos e israelenses.

Impactos globais da Guerra na Ucrânia

Em relação à Guerra na Ucrânia, os integrantes do G20 destacaram os impactos humanitários, e deram especial enfoque aos danos do conflito para outras nações:

Especificamente em relação à guerra na Ucrânia, ao relembrar as nossas discussões em Nova Délhi, destacamos o sofrimento humano e os impactos negativos adicionais da guerra no que diz respeito à segurança alimentar e energética global, cadeias de suprimentos, estabilidade macrofinanceira, inflação e crescimento. Saudamos todas as iniciativas relevantes e construtivas que apoiam uma paz abrangente, justa e duradoura, mantendo todos os Propósitos e Princípios da Carta da ONU para a promoção de relações pacíficas, amigáveis e de boa vizinhança entre as nações.

 

Tanto a Rússia quanto a Ucrânia são grandes exportadoras de produtos estratégicos no cenário mundial, como cereais, carvão, petróleo e, principalmente, gás natural que abastece grande parte da Europa.

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Entenda aqui a questão energética por trás da guerra que já apareceu em vestibulares.

O que é o G20

A criação do grupo aconteceu em meio às sucessivas crises que tomaram conta da década de 1990. Mas, diferentemente do G7, foi concebido para ser apenas uma reunião anual entre os representantes financeiros de cada nação. Por isso, originalmente, apenas ministros das Finanças e chefes dos Bancos Centrais de cada nação participavam dos fóruns. O formato mudou de forma definitiva em 2008, quando a crise financeira mundial contribuiu para a primeira cúpula com a presença de todos os chefes de Estado dos países-membros.

Na época, os líderes das 19 nações, mais o representante da União Europeia, se encontraram em Washington, nos Estados Unidos, para uma mesa de negociação da crise. Desde então, o G20 deixou de ser um fórum exclusivo para líderes financeiros e se tornou algo ainda maior: o principal fórum multilateral de cooperação econômica e política mundial.

Os países que fazem parte do G20 são: Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Coreia do Sul, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos. Além disso, também compõe o bloco a União Europeia.

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