Uma operação da Polícia Civil na manhã desta segunda-feira (18) prendeu 12 pessoas acusadas de vender equipamentos piratas de TV na região da Santa Ifigênia, no centro de São Paulo.
A ação foi conduzida por 30 agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e incluiu a apreensão de 565 dispositivos conhecidos como TV Box – aparelhos que pirateiam sinal de TV por assinatura e serviços de streaming.
Além das lojas no centro da capital, os mandados de busca e apreensão se estenderam a um endereço em Barueri, na Região Metropolitana de São Paulo, onde nenhuma irregularidade foi encontrada.
Crime e riscos aos usuários
Segundo o Deic, a venda desses dispositivos configura crime de violação de direitos autorais. Os policiais também alertaram sobre os riscos que o uso de TV Box pode trazer aos consumidores. De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), esses aparelhos, além de oferecerem conteúdo pirata, representam ameaças à segurança digital dos usuários.
A Anatel identificou que muitos desses dispositivos não possuem assistência técnica e podem conter arquivos maliciosos capazes de acessar informações pessoais e financeiras, além de comprometer outros dispositivos conectados à mesma rede.
Em setembro, a Anatel organizou o concurso Hackathon TV Box, que premiou uma equipe liderada pelo desenvolvedor Daniel Lima. O grupo propôs uma solução para inutilizar os aparelhos por meio de uma atualização forçada. Segundo Lima, o objetivo é dificultar o uso de dispositivos irregulares e reduzir a pirataria de sinais de TV.