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Brasil mantém gênero e taxação de super-ricos em texto do G20; Argentina recusa

Brasil tenta encontrar documento aceito pelos 20 membros, mas Argentina apresenta impasseFórum Econômico Mundial/Ciaran McCrickard

O Brasil, contrariando as expectativas e posicionamentos da Argentina, declarou no G20 o apoio à igualdade de gênero e taxação de grandes fortunas. O encontro de cúpulas das nações começou no Rio de Janeiro nesta segunda-feira (18). O objetivo é traçar um documento de metas a ser aceito por todos os membros do G20.

De acordo com a Folha, o documento apresenta “comprometimento total” com ambas as pautas, assim como com “empoderamento de todas as mulheres e meninas.” Porém, também consta que a Argentina não apoiou as decisões. O país tampouco recusou oficialmente.

(A contestação de países se dá, no documento, por linguajar diplomático, no qual a sigla do país apresenta-se, entre colchetes, ao lado do tema questionado.)

A Argentina apresentou diversas objeções quanto a pontos do documento, assim como aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e a Agenda 2030 da ONU, escrita em 2015, com o objetivo de erradicar pobreza e promover sustentabilidade.

Confira algumas objeções da Argentina aos documentos do G20:

Violência de gênero

O governo argentino também se recusou a endossar trechos que falavam sobre o “compromisso de acabar com a violência de gênero, incluindo a violência sexual, e de combater a misoginia online e offline,” assim como trecho defendendo “igualdade de gênero no [mercado de] trabalho.”

Taxação de super-ricos

Outro tema que a Argentina não endossou é a conhecida “taxação de super-ricos” ou grandes fortunas. O parágrafo fala sobre maior engajamento para garantir taxação elevada das chamadas “ultra-high-net-worth”. Há também indicação de contestação da Argentina.

Desinformação em redes

O governo argentino também posou oposição a um trecho que fala sobre desinformação e discurso de ódio espalhados na Internet. O documento comenta sobre a velocidade da evolução das tecnologias, focando em inteligência artificial, impacta diretamente na rapidez da distribuição de ambos os pontos. Argentina se opôs aos termos “desinformação” e “discurso de ódio.”

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