A Polícia Federal (PF) vai investigar o incêndio que destruiu a casa de Francisco Wanderley Luiz, conhecido como “Tiu França”, em Rio do Sul, Santa Catarina, na manhã deste domingo (17). Wanderley Luiz é o autor do atentado com bombas ocorrido na última quarta-feira (13) na Praça dos Três Poderes, em Brasília. A corporação descarta que o incêndio tenha prejudicado o inquérito, segundo a jornalista do GLOBO, Bela Megale.
De acordo com informações da PF, a ex-esposa de Wanderley, Daiane Dias, é a principal suspeita de ter ateado fogo no imóvel. Ela também foi ferida durante o incêndio e precisou ser socorrida.
O incêndio atingiu a casa de Francisco Wanderley Luiz, localizada em Rio do Sul, e destruiu completamente o imóvel. O fogo também danificou um chaveiro que Francisco havia construído para seu filho. A Polícia Militar foi acionada, e os Bombeiros de Santa Catarina conseguiram controlar as chamas, evitando uma destruição ainda maior. A ex-esposa do suspeito, Daiane Dias, foi encontrada no local com queimaduras de 1º, 2º e 3º graus. Ela foi socorrida por pessoas que passavam pela rua e levada ao pronto-socorro do Hospital Regional de Rio do Sul.
Apesar da gravidade do incidente, a PF afirmou que o incêndio não comprometerá o andamento da investigação sobre o atentado em Brasília, uma vez que a polícia já havia realizado buscas e apreensões na residência de Wanderley Luiz antes da destruição do imóvel.
A PF segue investigando os detalhes do atentado com explosivos que ocorreu na Praça dos Três Poderes em Brasília. Na sexta-feira (15) e no sábado (16), sete depoimentos foram colhidos de pessoas que estiveram com Wanderley Luiz durante o período em que ele morou em Brasília.
Além disso, os investigadores aguardam a autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para quebra de sigilos bancário, fiscal, telemático e telefônico de Francisco Wanderley Luiz. A PF considera que esses dados são cruciais para apurar se Wanderley agiu sozinho ou se teve ajuda de outras pessoas na execução do ataque.
O caso segue sendo tratado como um atentado terrorista, com a polícia investigando se o ataque tem alguma relação com movimentos extremistas ou outros tipos de apoio logístico. A investigação também deve esclarecer os detalhes financeiros e operacionais do atentado, incluindo como Wanderley conseguiu os materiais usados para fabricar as bombas.
Ainda não há informações sobre o estado de saúde de Daiane Dias, mas os bombeiros relataram que ela recebeu atendimento médico imediato para as queimaduras. O caso segue sob investigação tanto pela Polícia Civil, que realiza a perícia no imóvel, quanto pela Polícia Federal, que continua focada na apuração do atentado em Brasília.